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Notícias / Ciência

Fóssil de ovo de tartaruga com embrião da Era dos dinossauros foi revelado na China

O estudo estima que a espécie tinha cerca de 1,6 metros de carapaça

Luíza Feniar Migliosi Publicado em 23/08/2021, às 11h55

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Fóssil do ovo de tartaruga com embrião encontrado na China - Divulgação/Fotos de China University of Geosciences (Wuhan)
Fóssil do ovo de tartaruga com embrião encontrado na China - Divulgação/Fotos de China University of Geosciences (Wuhan)

Um fazendeiro encontrou um fóssil na província de Honã, local conhecido pela presença de muitos fósseis de ovo de dinossauros, em 2018. A descoberta foi doada para dois cientistas da Universidade da China que, agora, publicam os resultados em um artigo.

Na Era dos dinossauros, há 90 milhões de anos, habitava esse planeta a tartaruga gigante (Yuchelys nanyangensis), no local que agora corresponde a região central da China. Um de seus ovos, que tem o tamanho de uma bola de sinuca, com casca extremamente grossa, não chocou e ficou preservado até os dias atuais.

Fósseis de ovo de tartarugas são muito raros e, devido isso, o novo estudo do embrião fossilizado possibilitou novas perspectivas sobre a vida da espécie. A casca do ovo mede cerca de 5,9 cm, sendo maior do que os ovos das tartarugas de Galápagos.

Essa característica permitia a passagem de água e proteção, possibilitando que os ovos fossem enterrados em regiões mais profundas, evitando o clima árido da época.

Fóssil do ovo de tartaruga | Crédito: Divulgação/Fotos da China University of Geosciences (Wuhan)

Além disso, os cientistas fizeram um cálculo para estimar o comprimento da carapaça a partir do tamanho do fóssil. Segundo o resultado, a tartaruga media cerca de 1,6 metros, desconsiderando o pescoço e a cabeça. Com isso, essa é uma das maiores espécies já estudadas.

O embrião fossilizado também é muito difícil de ser encontrado pois os tecidos e ossos são frágeis e podem quebrar durante os anos. Por meio de uma tomografia computadorizada, os cientistas analisaram a parte interna do fóssil.

As imagens em 3D revelaram pequenos ossos desarticulados. Sendo assim, ao reconstruírem em um programa específico, concluíram que o embrião estava 85% formado.