As 7 maravilhas do mundo antigo são consideradas o auge da engenharia, da arquitetura e da beleza artística da antiguidade; confira!
Hoje, os turistas que viajam até países como a Itália, a Índia ou até mesmo o Brasil, deixariam dificilmente de visitar algumas de suas construções que ficaram conhecidas no mundo todo ao compôr as sete maravilhas do mundo moderno, como o Coliseu, o Taj Mahal e o Cristo Redentor. Porém, ao longo da história, outras construções também ficaram conhecidas por sua exuberância, como as sete maravilhas do mundo antigo.
Consideradas o auge da engenharia, arquitetura e beleza artística da Antiguidade, as sete maravilhas do mundo antigo foram importantes obras arquitetônicas erguidas milênios atrás e que, hoje, mal podem ser vistas se não por registros escritos. Exceto pela monumental Pirâmide de Gizé, hoje a única dessas obras em pé até os dias modernos — e um bom exemplo da grandiosidade de tais construções.
A classificação dessas construções como "maravilhas" provêm do grego "thaumata", como eram chamadas, que significa, justamente, "maravilhas". Esse nome foi dado por antigos viajantes gregos que exploravam civilizações mediterrâneas, como os egípcios, persas e babilônicos, e compilavam em guias as atrações mais notáveis dessas regiões.
Sabendo disso, confira a seguir quais foram as sete maravilhas do mundo antigo:
Uma lista com as sete maravilhas do mundo antigo não poderia começar com outra senão a única representante deste seleto grupo que segue em pé até hoje, o que faz dela ainda mais especial: a Grande Pirâmide de Gizé.
Construída por volta de 2.500 a.C., ela é a maior das três pirâmides de Gizé, servindo como tumba do faraó Quéops da quarta dinastia, repercute a BBC.
Outro fator importante sobre a pirâmide, que pode colocá-la como uma das mais imponentes do mundo antigo, é o fato de ter sido considerada a estrutura mais alta do mundo, construída pelo homem, até o século 14, quando foi erguida na Inglaterra a Catedral de Lincoln. Com 146,5 metros, sua construção levou cerca de 14 anos, e precisou de aproximadamente 2,3 milhões de blocos para tal.
Um dos mais memoráveis impérios de toda a história foi o Aquemênida — também referido como Primeiro Império Persa —, e um de seus mais poderosos governantes foi Mausolo. Como representação de sua glória, ele construiu uma nova e magnífica capital para viver com sua esposa Artemísia em Halicarnasso — na costa oeste de onde hoje é a Turquia, na Península de Bodrum —, onde não poupou gastos com belas estátuas e templos de mármore.
Após sua morte, então, Artemísia ordenou a construção de um túmulo para o imperador, que seria projetado pelos arquitetos gregos Satyros e Pythius. O chamado Mausoléu de Halicarnasso foi elaborado com três níveis, incluindo diferentes estilos arquitetônicos, em mármore branco e no topo de uma colina.
No entanto, a glória não pôde superar o tempo: a construção não sobreviveu à Idade Média: foradestruída após sucessivos abalos sísmicos.
Outro exemplo memorável é a imponente Estátua de Zeus, no Templo de Zeus, em Olímpia, na antiga Grécia. A obra foi esculpida por Fídias por volta de 435 a.C.
Nela, Zeus resplandece em um trono luxuoso. Na mão direita, o deus do trovão segurava uma estátua da deusa da vitória e um cetro com uma águia — animal que o simboliza — em sua mão esquerda, possuindo 12 metros de altura.
Ao longo de oito séculos, peregrinos saíram de várias partes do mundo até Olímpia para ver o monumento. Porém, em 379 d.C., o imperador romano Teodósio I assumiu controle da região e, como cristão, ordenou que toda prática pagã fosse interrompida, de forma que Zeus deixou de ser cultuado.
Não se sabe exatamente o que aconteceu com a estátua, no entanto, acredita-se que teria sido então movida para Constantinopla, capital do império, e se perdido em um terremoto ou tsunami no século 6.
Certamente o tópico mais intrigante da lista, os Jardins Suspensos da Babilônia são descritos em antigos textos, entretanto, não existem nem mesmo evidências conclusivas de que o local teria existido!
Segundo as descrições, apresentavam um nível de engenharia extremamente avançado para seu tempo, a ponto de conseguir manter um exuberante jardim vivo no deserto, onde atualmente é o Iraque, com as águas do rio Eufrates.
Dizem também que o antigo rei babilônico Nabucodonosor II mandou criar os jardins por volta de 600 a.C., para confortar sua esposa, Amitis da Média, que sentia falta da vegetação de sua terra natal.
Porém, como já mencionado, não existem vestígios dos tais jardins, e até mesmo sua existência é um mistério. Porém, muitos supõem que eles existiram, mas fora da Babilônia: jardins e sistemas de irrigação semelhantes foram planejados também pelo rei assírio Senaqueribe para a construção de seu palácio em Nínive, a "apenas" 480 quilômetros ao norte.
Alexandre, o Grande, foi um dos mais poderosos líderes militares que o mundo antigo viu. E, entre suas obras principais, está a cidade de Alexandria, um porto mediterrâneo na costa do Egito, fundada em 331 a.C.
Chegar até seu porto de barco era uma tarefa consideravelmente difícil, por suas águas rasas e cheias de rochas. Para resolver os obstáculos, fora construída uma imponente torre luminosa de sinalização na ilha vizinha de Pharos: o Farol de Alexandria.
Registros antigos fazem acreditar que a construção tivesse pouco menos de 140 metros de altura, fazendo dela a segunda estrutura mais alta feita pelo homem na época. Infelizmente, o majestoso farol sofreu com terremotos com o tempo, e suas ruínas desabaram no século 15.
Mais uma vez, um templo feito pelos gregos em homenagem a um de seus deuses entra na lista das maravilhas do mundo antigo. O sexto membro é o Templo de Ártemis, que ficaria marcado como o maior templo do mundo antigo.
Construído em mármore, era também considerado um dos mais belos do mundo, entre todos os santuários construídos pelos gregos em honra à deusa Ártemis, deusa da caça, da vida selvagem e do nascimento. Apresentava 91 metros de comprimento, 45 metros de largura e 18 metros de altura.
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Sua destruição, por sua vez, ocorreu em etapas ao longo da História. Primeiro, por uma inundação no século 7 a.C.; depois, em 356 a.C., um homem ateou fogo no local buscando fama; e por fim, uma invasão dos godos, uma tribo germânica oriental que se originou na Escandinávia, no século 3.
No ano 282 a.C., os gregos realizaram outro feito arquitetônico memorável para a história da Antiguidade: foi erguido o Colosso de Rodes, na ilha grega de Rhodes, como uma forma de celebrar um triunfo militar. Com 32 metros de altura, foi erguido no mar por Carés de Lindos e representava o titã-deus do Sol da mitologia grega, Hélios, segurando uma tocha e voltado para o porto da cidade.
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No entanto, essa foi a obra que durou menos tempo, mantendo-se de pé por menos de 60 anos. Em 226 a.C., um terremoto levou à destruição da estátua; e os cidadãos de Rodes optaram por não reconstruí-la.
Apesar disso, alguns pedaços do gigante de pedra permaneceram no local por mais de 800 anos, até que a região foi invadida, no século 7, e os destroços vendidos.