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Curiosidades / Brasil

A musa de Tom e Vinícius: quem é a Garota de Ipanema?

A moça do corpo dourado fez a dupla produzir uma das músicas brasileiras mais conhecidas no mundo e enfrentou uma batalha judicial com os herdeiros dos músicos

Fabio Previdelli Publicado em 22/03/2020, às 13h00

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Helô Pinheiro, a musa de Tom e Vinícius - Divulgação
Helô Pinheiro, a musa de Tom e Vinícius - Divulgação

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela, menina, que vem e que passa. Num doce balanço a caminho do mar”. Foi com esses versos que a composição de Tom Jobim, letrada por Vinícius de Moraes, ganhava vida há 58 anos, em 1962.

Uma das mais populares músicas brasileiras de todos os tempos foi inspirada numa jovem: Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mais conhecida como Helô Pinheiro.

A “moça do corpo dourado, do sol de Ipanema”, conta que teve que apressar seu casamento para colocar panos quentes na crise de ciúmes que eclodia em seu namorado — que queria a todo custo esmurrar aquele que disse que sua amada era “a coisa mais linda que eu já viu passar”.

Tom Jobim e Vinícius de Moraes / Crédito: Divulgação

A musa de Tom confessa que o ciúme não era algo imaginário na cabeça de seu marido, já que o compositor lhe pediu “várias vezes” em casamento — mesmo com a diferença de idade entre eles ser de 18 anos.

"Ele estava apaixonado por mim, chegou a confundir minha cabeça, mas no final terminamos como amigos em uma relação de afeto e reconhecimento", disse em entrevista à Época. "Minha vida mudou quando revelaram que eu era sua inspiração, não acreditava, me emocionei e demorei para entender o que significava".

No ano da composição, Tom e Vinícius passavam horas de seus dias dividindo doses de uísque em um de seus redutos favoritos: no Bar do Veloso, que ficava na antiga Rua Montenegro — atual Vinícius de Moraes.

Lá, em Ipanema, os dois se deslumbravam com aquela “que quando passa, o mundo inteirinho se enche de graça” toda vez que a jovem ia até a praia. Apesar de hoje a garota já ser uma senhora, Helô mantem a mesma graciosidade e elegância que conquistou a dupla há quase seis décadas. "Eu era muito tímida, nunca respondia a seus elogios, só entrava no bar para comprar cigarros para meus pais ou passava por ali para aproveitar meus dias livres tomando sol", relembra.

O sucesso de Garota de Ipanema ganhou o público desde a primeira vez em que foi apresentada, no dia 2 de agosto de 1962. O sucesso transcendeu os limites cariocas e foi reconhecido internacionalmente: sendo gravada até por Frank Sinatra, com o título de The Girl from Ipanema.

Com o sucesso da canção, diversas outras jovens se autodeclararam garotas de Ipanema. Mas a apropriação acabou quando Moraes escreveu em uma publicação quem era aquela que foi responsável por seu momento inspirador.

"Eu fui criada em uma família muito severa e conservadora, meu pai era militar e não gostou nada de eu ter me tornado foco da imprensa de todo o mundo e alvo dos olhares de homens mais velhos", revelou Helô.

Bilhete de Tom Jobim escrito para Helô / Crédito: Divulgação

Com isso, ela se tornou uma figura conhecida não só no Brasil — mas em outros cantos do mundo também. Por aqui, ela atuou em novelas, coordenou concursos de beleza e se tornou empresária.

Apesar desse lado bom, ela admitiu que sua fama passou pelo pior momento em 2001. Na ocasião, herdeiros de Tom e Vinícius processaram a musa por usar “Garota de Ipanema” em sua loja de roupas.

A disputa só acabou dez anos depois, em 2011, após um acordo entre ambas as partes. "Não entendo a motivação dos herdeiros, há milhares de estabelecimentos comerciais com o nome da música".


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