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Curiosidades / Afrescos

A mãe e filha que querem restaurar afrescos do século 18 de maneira inusitada

Em Valência, na Espanha, mãe e filha se uniram para restaurar afrescos valiosos do século 18 com um método inusitado; entenda

Redação Publicado em 10/10/2024, às 21h00

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Registro do trabalho de Pilar Roig - Reprodução/Vídeo/Reuters
Registro do trabalho de Pilar Roig - Reprodução/Vídeo/Reuters

Na cidade histórica de Valência, Espanha, uma inovação no campo da restauração de arte está sendo liderada por duas gerações da família Roig.

Pilar Roig, uma restauradora de arte, enfrentava desafios ao lidar com os afrescos do artista espanhol Antonio Palomino, datados do século XVIII. O problema central residia na remoção de uma cola persistente, resquício de uma restauração realizada nos anos 1960.

Enquanto Pilar Roig lutava contra as adversidades dessa tarefa manual e danosa, sua filha, a microbiologista Pilar Bosch, imersa em suas pesquisas de doutorado, encontrou um estudo revelador sobre o uso de bactérias na restauração de obras de arte na Itália.

Esse encontro casual entre ciência e arte culminou em uma solução inovadora: a utilização de bactériaspara a restauração dos afrescos.

Parceria

Após mais de dez anos, a parceria entre mãe e filha ganhou impulso com o apoio financeiro de fundações locais, totalizando um investimento de 4 milhões de euros para empregar essa técnica bacteriana nos afrescos da igreja dos Santos Juanes em Valência.

As bactérias utilizadas pertencem ao gênero Pseudomonas, conhecidas por sua capacidade de produzir enzimas que degradam materiais específicos. Em um processo cuidadosamente controlado, essas enzimas são aplicadas em um gel à base de algas sobre as superfícies afetadas. Após um período de três horas, o gel é removido com os resíduos indesejados da cola.

A tradição familiar na conservação artística continua com Bosch, que não só avançou em seus estudos acadêmicos sobre o tema como também aplicou com sucesso essa metodologia em locais históricos renomados, como Pisa e Monte Cassino na Itália e Santiago de Compostela na Espanha.

A perspectiva agora é expandir o uso das bactérias para remover tintas spray de superfícies urbanas, oferecendo uma solução eficiente contra pichações.