Em "O Caso dos Irmãos Menendez", novo documentário da Netflix, prima de Lyle e Erik choca o público com relatos sobre a infância dos irmãos
Publicado em 10/10/2024, às 11h19 - Atualizado em 13/10/2024, às 12h13
Em "O Caso dos Irmãos Menendez", novo documentário da Netflix, Lyle e Erik Menendez, condenados em 1996 pelo homicídio de seus pais, José e Kitty Menendez, resgatam o caso que chocou o mundo.
O crime ocorreu sete anos antes, quando Lyle tinha 21 anos e Erik apenas 18. Os julgamentos, entretanto, dividem opiniões até hoje. De um lado, a acusação alegava que eles mataram visando a fortuna de aproximadamente 14 milhões da família. Do outro, a defesa afirmava que eles, na realidade, foram alvo de abuso físico e emocional durante anos.
Mas, apesar dos testemunhos apresentados nos primeiros julgamentos, corroborando as denúncias de abuso dos rapazes, ambos foram sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, num caso que chocou os Estados Unidos.
No novo documentário, já disponível no streaming, membros da família Menendez relatam histórias sobre os abusos sofridos pelos irmãos. Entre eles estão Joan Vander Molen, irmã de Kitty Menendez, e Diane Vander Molen, prima de Lyle e Erik.
Diane, por exemplo, relata que passou grande parte das férias de verão com a família Menendez e nunca alterou seu depoimento dado nos primeiros julgamentos dos irmãos.
Ela disse que Lyle revelou os abusos sexuais do pai quando ele tinha apenas oito anos. Quando ouviu que o primo e José Menendez se "tocavam", optou por revelar a situação para Kitty, que apenas ignorou o que foi dito.
Na produção documental, Diane também choca ao relembrar um momento perturbador da infância de Lyle.
Uma vez, José colocou Lyle em um balcão da cozinha e fez com que ele pulasse, e ele iria pegá-lo. Quando Lyle fez isso, José recuou e o deixou cair no chão, dizendo a ele que você nunca pode confiar em ninguém", afirma ela no documentário da Netflix.
Inicialmente julgados separadamente em 1993, os irmãos foram submetidos a novo julgamento conjunto em 1995. Nesse segundo julgamento, o juiz desconsiderou quase todos os depoimentos que corroboravam as alegações de abuso dos irmãos.
Atualmente, evidências recentemente redescobertas podem reverter as condenações dos irmãos, como uma carta escrita por Erik Menendez oito meses antes dos assassinatos detalha os abusos contínuos sofridos pelo pai.
