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Notícias / Atenas

Há 80 anos, Atenas era libertada da ocupação nazista

No dia 12 de outubro de 1944, Atenas, capital da Grécia, celebrou um momento significativo de sua história: a libertação da ocupação nazista

Redação Publicado em 13/10/2024, às 12h17

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Soldados alemães levantam bandeira da Alemanha nazista na Acrópole de Atenas - Wikimedia Commons via Domínio Público
Soldados alemães levantam bandeira da Alemanha nazista na Acrópole de Atenas - Wikimedia Commons via Domínio Público

No dia 12 de outubro de 1944, Atenas celebrou um momento significativo de sua história: a libertação da ocupação nazista. Esse evento marcou o fim de um período sombrio, que durou de 1941 a 1944, quando a Grécia foi submetida a um regime brutal sob o controle das forças do Eixo.

A libertação foi concretizada pelo Exército Popular de Libertação Nacional (ELAS), um movimento de resistência que, durante anos, havia travado uma guerra contra os nazistas, repercute o jornal O Globo. 

Entretanto, a euforia da libertação foi efêmera. Em poucas semanas, o clima de celebração foi substituído por tensões políticas e violentos confrontos entre as forças conservadoras e os comunistas, culminando em uma guerra civil que se estendeu de 1946 a 1949.

Luta pela memória

À AFP, a historiadora Tassoula Vervenioti explicou que "a guerra civil na Grécia, assim como na Espanha, traumatizou profundamente a sociedade, o que impediu que certos eventos do passado fossem abordados". 

Segundo Vervenioti, a resistência grega contra os nazistas, que incluía uma significativa participação da esquerda, ficou esquecida, só recebendo reconhecimento oficial em 1981, com a chegada do governo socialista de Andreas Papandreou.

Um exemplo, é a antiga sede da Gestapo em Atenas, que agora abriga um centro comercial e possui apenas um discreto monumento lembrando os horrores vividos entre 1941 e 1944.

Para o historiador Menelaos Charalampidis, "em outros países europeus locais como esse seriam transformados em museus". Porém, na Grécia, "os marcos históricos desse período ainda não receberam a devida atenção", disse à AFP.