Bombardeiros a hélice, fuzis do século 19 e até armas medievais continuam tão letais quando no primeiro dia
10. Tupolev Tu-95
Após o seu primeiro voo, tornou-se um grande símbolo de poder militar da União Soviética durante a Guerra Fria. O turboélice de 90 toneladas pode soar rústico, mas faz seu trabalho. Não é à toa que, em 1961, o jumbo lançou a Tsar Bomba, a maior bomba nuclear já feita, sobre a ilha Severny. O urso (codinome dele na Otan) deve ser utilizado pelas tropas aéreas russas até o ano de 2040.
9. Huey
Notório por ser o primeiro helicóptero movido a turbina, o Bell UH-1 Iroquois surgiu da necessidade de aeronaves que pudessem ser utilizadas para evacuação médica pelas tropas dos EUA. Armado com um canhão rotativo, é um símbolo da Guerra do Vietnã, onde 7 mil deles foram usados. Aposentado do arsenal dos EUA só em 2016, continua em uso (limitado) por várias forças, como as do Quênia.
8. B52
O projeto inicial tinha como principal função carregar bombas nucleares contra a União Soviética. Com a criação dos mísseis balísticos intercontinentais tornando a ideia quase obsoleta, passou a ser usado como um bombardeiro pesado convencional, e se tornou o mais importante dos EUA. Após as últimas modificações, só deve ser substituído em 2050, quase 100 anos após sua estreia.
7. T-34
Quando Hitler invadiu a União Soviética em 1941, os soldados do Terceiro Reich encontraram um obstáculo inesperado. Rápido, fortemente blindado e com enorme poder de fogo, o tanque soviético T-34 surpreendeu os invasores. Há quem diga que foi o tanque que venceu a Segunda Guerra. Prova da confiança nele é ainda estar nos arsenais de países como Mali, Cuba, Vietnã e Coreia do Norte.
6. M Parnaíba (U-17)
O monitor fluvial foi introduzido pela Marinha brasileira em 1942, durante a Segunda Guerra. Escoltou o navio de guerra USS Iowa em uma de suas últimas missões no Oceano Atlântico. Modernizado, passou a ser utilizado durante a patrulha de rios e na entrega de suprimentos médicos em áreas rurais. É o navio de guerra mais antigo do mundo ainda cumprindo função militar.
5. Browning M2
Criada no final da Primeira Guerra, pelo norte-americano John Browning, a metralhadora é usada para combater infantaria, fortificações e aeronaves em baixa altitude. Fabricada nos Estados Unidos, segue em uso pelo país e dezenas de outras nações, como Austrália e Bélgica. Nos últimos anos, a Browning M2 esteve na guerra contra o narcotráfico no México e em conflitos no Oriente Médio.
4. M1911
Ela viu ação nas duas Grandes Guerras, na Coreia, no Vietnã, Iraque e, agora, na Síria. A imortal M1911 é uma pistola semiautomática criada e adotada pelo Exército dos EUA no século 20 — os testes datam do final do século 19. Foi amplamente utilizada pelas Forças Armadas dos EUA até 1986 — embora variantes ainda estejam na ativa, com forças especiais. Serve a 28 nações, inclusive ao Brasil.
3. Mosin-Nagant
Fuzil de cinco tiros da Rússia Imperial, estreou em batalha pela primeira vez em 1891. O desenho começou a ser feito em 1882, após a Guerra Franco-Russa. A Mosin-Nagant serviu aos dois lados na Revolução Russa, nas grandes guerras, e segue até hoje, mais de 120 anos após sua estreia, com 37 milhões de unidades produzidas, no arsenal da Rússia. É a arma de fogo mais longeva em uso.
2. Kukri
Aço de alta qualidade e alça de madeira ou chifre de animal, a adaga curva é usada oficialmente no lugar da faca pelas Brigadas Gurkha, unidades de soldados nepaleses, do Exército britânico. O kukri mais antigo data de 1559. Não se sabe quando começou a ser usado. Uma tese é que descenda do kopis, espada também curva usada pelas tropas de Alexandre, o Grande. Ou pode ser pré-histórico.
1. Besta
A besta surgiu no final do século 5 a.C., provavelmente na colônia grega de Siracusa, Sicília. A gastraphetes foi apontada por Heron de Alexandria como a origem da catapulta, em 399 a.C. A arma teve seu auge no fim da Idade Média, mas forças especiais do Brasil, China e outros países retomaram seu uso. Diferentemente de fuzis, são silenciosas e podem matar um homem-bomba sem detonar os explosivos.