Disponível no streaming, documentário revive o Plano Collor e o desastroso confisco de poupanças no Plano Collor
Ao tentar conter uma inflação de 84% ao mês, o presidente Fernando Collor de Mello iniciou o chamado Plano Collor. Conforme a Agência Senado, o plano alterou a moeda, então cruzado novo, pelo cruzeiro. Além disso, saques de poupança foram limitados a 50 mil cruzados, o que choca os brasileiros até hoje.
Embora o governo tenha prometido que os valores seriam liberados em 18 meses, não foi, de fato, o que aconteceu. É estimado que tenha sido bloqueado aproximadamente US$ 100 bilhões. O episódio, além de afetar inúmeros brasileiros, ainda choca diferentes gerações, mais de 30 anos depois.
O Plano Collor é detalhado no documentário "Confisco", que apresenta relatos de Zélia Cardoso, então ministra da economia, e de uma família que reside no interior de São Paulo, por exemplo.
Ao explicar o que foi a medida econômica adotada pelo governo brasileiro, a produção mistura fatos históricos e o lado sentimental das pessoas que vivenciaram na pele o horror do bloqueio.
Mais de 30 anos depois, em 2020, o ex-presidente, através de seu perfil no X, pediu desculpas pelo confisco. “Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, publicou Collor.
Com direção de Felipe Tomazellie e Ricardo Martensen, a produção está disponível no catálogo da plataforma de streaming Max.
"A história dos afetados pelo confisco brasileiro de 1990, o maior já realizado por um governo democrático contra seus cidadãos", destaca a sinopse.