Antes da estreia de 'Nos tempos do Imperador', relembre a novela que retratou o Brasil de dom Pedro I
Como noticiado pela equipe do site do Aventuras na História, na próxima segunda-feira, 9, estreia na rede Globo a novela ‘Nos Tempos do Imperador’, que narrará a história de dom Pedro II — sendo ambientada entre os anos de 1856 e 1870.
A nova novela será a segunda da trilogia de Theresa Falcão e Alessandro Marson. Na primeira delas, ‘Novo Mundo’, que estava sendo reprisada na faixa das 18h, os autores nos levam de volta ao Brasil dos tempos da Independência, mostrando a relação entre Maria Leopoldina e dom Pedro I — além, é claro, de sua histórica pulada de cerca com Domitila de Castro.
Porém, nem tudo apresentado na trama reflete ao fatos de nossa história, fazendo com que a trama misture ficção com realidade. Pensando nisso, fizemos uma lista com cinco momentos que foram retratados com fifelidade — ou não — em ‘Novo Mundo’.
Na trama de Theresa Falcão somos introduzidos a dois personagens: Anna Millman e Joaquim Martinho, que são interpretados, respectivamente, por Isabelle Drummond e Chay Suede. O casal, no entanto, nunca sequer existiu na vida real, como aponta matéria da Veja.
Porém, na novela, essas personalidades fictícias ganham tanta importância, que inclusive, influem até mesmo na proclamação da independência. Como mostra o UOL, entretanto, Drummond chegou a falar sobre sua personagem, contrariando um pouco isso.
Segundo explica, a professora de português de Leopoldina, que na trama escreve o diário da independência, de fato não existiu, mas isso não significa que sua personagem foi desenvolvida do nada, afinal, Isabelle diz que Anna foi inspirada na tutora das filhas da monarca.
Na trama, quando a princesa austríaca Leopoldina, interpretada pela atriz Letícia Colin, está vindo ao Brasil, na travessia Europa/Rio de Janeiro, seu barco acaba sendo atacado por um grupo de piratas, liderados por Fred Sem Alma.
Porém, isso nunca aconteceu. A embarcação da arquiduquesa, inclusive, era escoltada por uma esquadra de guerra. Outro fato real não mostrado na novela é que o embarque de Leopoldina na Itália atrasou por conta da Revolução Pernambucana. Assim, a cena da passagem do barco por Salvador também é algo inventado.
Antes de embarcar da Europa para o Brasil, a novela mostra Leopoldina ganhando uma festa de despedida em um palácio da Europa. Logo depois, a princesa entra em uma caravela e, enfim, parte em direção ao Novo Mundo.
A festa, de fato, aconteceu, mas com algumas ressalvas. Ao contrário do que a novela dá a entender, a comemoração foi realizada na cidade natal de Leopoldina, Viena, e não na Itália. Além disso, o embarque da futura esposa de dom Pedro I pós celebração nunca aconteceu, já que a caravela só partiu meses depois do evento.
Na novela, a trama se desenrola em torno do triângulo amoroso entre dom Pedro I, a princesa Leopoldina e Domitila de Castro. Porém, em ‘Novo Mundo’, o público é levado a acreditar que o caso com a futura Marquesa de Santos foi o único extraconjugal de Pedro I.
Como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História, o imperador chegou a ter cinco amantes confirmadas — isso sem citar os inúmeros outros casos de sua vida que nunca nem foram registrados.
Sua primeira amante foi uma dançarina francesa, chamada Noémi Thierry, com quem teve um filho que morreu enquanto ele era noivo de Leopoldina. O filho de Dom João VI também teria se relacionado com a irmã da francesa.
Porém, nem só de algumas adaptações que se vive a novela, que foi fiel em retratar dois pontos: o primeiro é o dia 2 de setembro de 1822. Na data, dom Pedro I estava em São Paulo e, portanto, a princesa se tornara regente do Brasil. Sendo assim, coube a Leopoldina assinar o decreto de Independência do Brasil.
O segundo ponto diz respeito aos filhos do casal, ou melhor, a morte de alguns deles. Depois de Maria II, a primogênita, que mais tarde viria a ser rainha de Portugal; o casal teve que superar as perdas de Miguel, que faleceu no parto, e João Carlos, que morreu com menos de um ano.
Além deles, Maria II também teve outros 4 irmãos: Januária, a futura condessa de Áquila; Paula, que morreu aos 10 anos; Francisca, a futura princesa de Joinville; e Pedro Alcântara, o futuro imperador D. Pedro II, como explica matéria do site da Assembleia Legislativa de São Paulo.