Governos distintos já abusaram de seu poder com legislações que fazem o queixo cair
1. Vídeo games (Grécia)
Em 2002, o governo grego decidiu proibir qualquer jogo eletrônico no país, seja de console ou de computador. "A proibição geral foi decidida em fevereiro depois que o governo admitiu que era incapaz de distinguir videogames inócuos de máquinas de jogos ilegais", relatou o veículo americano CNET.
O objetivo, portanto, era reprimir games perigosos na Internet. Entretanto, em pouco tempo, um juiz grego declarou a lei como inconstitucional. A lei ainda existe, mas não é aplicada ou respeitada na Grécia, então não há problema em jogar God of War ou o Sparta na prática.
2. Viagem no Tempo (China)
A proibição não é aplicada à viagem de verdade, no entanto, envolve a representação do ato. Em 2011, a agência responsável pela administração de rádios, TV e cinema na China declarou que a viagem no tempo é estritamente proibida em produções televisivas ou cinematográficas.
O governo justificou a decisão afirmando que as viagens no tempo ficcionais, populares na China, "inventam mitos, tramas monstruosas e estranhas, usam táticas absurdas e até promovem feudalismo, superstição, fatalismo e reencarnação".
3. Ser emo (Rússia)
Desde a ascensão da moda emo nos anos 1980, adolescentes do mundo interagem com a estética ligada ao punk gótico e o rock. Entretanto, na Rússia, esse grupo é considerado perigoso, devendo ser eliminado.
Em 2008, a Lei de Estratégia Governamental na Esfera da Educação Espiritual e Ética passou a discutir sobre “tendências adolescentes perigosas”, o que automaticamente englobou a cultura emo.
O projeto descreve o grupo como adolescentes que usam cintos cravejados, unhas pintadas, piercings faciais e cabelos pretos com franjas que escondem o rosto. Segundo o governo, essa ideologia negativa incentiva a depressão e o suicídio. Após marchas em favor da liberdade de escolha, a lei passa por trâmites, mas provavelmente estará plenamente em vigor em 2020.
4. Reencarnação (China)
O processo de reencarnação póstuma na China exige uma permissão governamental. O que aparenta ser uma lei estúpida e pouco relevante é, na verdade, profundamente significativa para a comunidade budista tibetana governada pela China.
Segundo o governo, a medida representa "um movimento importante para institucionalizar a reencarnação”, mas, basicamente, é uma forma de fragilizar o poder social e religioso que possuem os lamas do Tibet.
A tentativa de enfraquecer o Dalai Lama, que comanda os budistas da província, é acompanhada por outros programas do governo central chinês, como a tentativa de criar um poder duplo no Tibete, um Dala Lama convocado pelo governo e um escolhido pela comunidade budista.
5. Telefones celulares (Cuba)
No governo castrista pós-revolucionário, poucos cidadãos cubanos podiam ter telefones celulares. Nunca foi uma questão de preço, mas por plena proibição do governo: o utensílio só era permitido para membros de empresas internacionais e o alto escalão do partido.
Segundo Fidel Castro, essa proibição era parte de uma série de "sacrifícios necessários" na "batalha de ideias" contra os EUA. O decreto só deixou de existir com a ascensão de Raul Castro na presidência da ilha, em 2008.