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Matérias / Niels Bohr

Vencedor do Nobel recebeu cerveja de graça em sua casa por 30 anos?

Lenda diz que Niels Bohr teria acesso à bebida através de uma torneira. Descubra a verdade!

Luisa Alves, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 31/05/2022, às 16h05

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Niels Bohr - Reprodução/Vídeo/Youtube/CePOF & INCT Ópticas Básica e Aplicada
Niels Bohr - Reprodução/Vídeo/Youtube/CePOF & INCT Ópticas Básica e Aplicada

Ganhador do Prêmio Nobel de 1922, o cientista Niels Bohr teria recebido cerveja de graça em sua casa por cerca de 30 anos. Uma lenda, de que o cientista teria acesso a bebida através de uma torneira em sua residência, é um assunto que gera perguntas levadas ao Arquivo Niels Bohr, em Copenhague, Dinamarca, todo ano.

Após 100 anos do recebimento do Prêmio Nobel por Bohr, a história do “oleoduto” voltou a circular nas redes. O cientista ganharia cerveja gratuitamente pela Carlsberg, cervejaria dinamarquesa fundada em 1847.

Segundo estudiosos, a história é um mito; afinal, a distância da fábrica à casa onde Niels Bohr estava — na residência honorária que Jacob Christian Jacobsen, fundador da Carlsberg — era grande, o que estragaria as bebidas. Desta forma, a entrega só seria plausível caso fosse feita em garrafas. As informações são do site Tilt UOL.

A origem da lenda

Jacob Christian Jacobsen, criador da Fundação Carlsberg, era um incentivador e apoiador das ciências. Quando sua esposa faleceu, transformou sua casa em uma residência honorária vitalícia "para um homem ou mulher merecedor nos campos da ciência, literatura ou arte".

O espaço foi ocupado por Niels Bohr, que se mudou com sua família e lá permaneceu até sua morte, em 1962. De acordo com o consultor de história e arquivista da Fundação, Thomas Storgaard, o que se sabe é que a cervejaria fornecia “cerveja caseira” para o cientista e sua família. A bebida seria entregue como "necessidade doméstica".

"Não sei de onde vem esse mito, mas acho que tem a ver com o fato de a residência honorária Carlsberg (onde Bohr morava) estar localizada na área da fábrica", supõe Storgaard, segundo o UOL. 

De acordo com Nathan Willig Lima, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a história existe, provavelmente, pelo fato de Bohr gostar de cerveja. 

Em diversas fotos, em almoços no Instituto de Física Teórica de Copenhague, pode-se ver uma garrafa da marca na mesa dele", diz. "Nesse sentido, a história parece ser uma brincadeira de quem conhecia Bohr."