Sofrendo uma desilusão amorosa na época vitoriana, Henley acabou saindo viva ao pular de uma ponte de 75 metros
Saias com armação de crinolina eram itens essenciais na época Vitoriana. Apesar de terem causado acidentes fatais, se incendiando ao encostar em velas e lampiões acesos, em algumas ocasiões esses itens exerceram o papel de heróis. É o caso da história de Sarah Ann Henley, uma garçonete de Bristol, Inglaterra, que sobreviveu graças à sua grande saia.
SUICÍDIO FRUSTRADO
No ano de 1885, Sarah vivia uma terrível desilusão amorosa. O relacionamento dela com seu noivo, um porteiro da Great Western Railway, estava indo de mal a pior. Até que, após brigas e ofensas recíprocas, a jovem recebe uma carta dele informando que o noivado havia terminado. Chocada, no dia 8 de maio, ao meio dia, ela resolve realizar o que 17 pessoas já haviam feito antes: se atirar da Ponte Suspensa de Clifton, em uma queda de 75 metros.
Pessoas que viram o ocorrido, como o controlador da ponte Thomas Stevens e o detetive Robertson, afirmaram ter testemunhado um milagre. Após o terrível salto, sua saia de crinolina se inflou, criando um pára-quedas que a fez flutuar como uma folha. E, devido à ventania, correntes de ar a afastaram do leito do rio, fazendo-a aterrissar no lamaçal em suas margens.
O TAXISTA INABALÁVEL
Confusa e em choque, ela foi resgatada pelos transeuntes John Williams e George Drew e levada para a estação ferroviária mais próxima. Correndo em busca de ajuda para levá-la à enfermaria de Bristol, o detetive Robertson abordou um taxista que passava. Entretanto, o homem se recusou em levá-la em seu carro, alegando que as roupas enlameadas de Sarah deixaria o táxi sujo.
Mesmo com ofertas em dinheiro e alegações de que ela morreria caso não fosse para um hospital, o taxista foi inabalável: "Eu não me importo, deixe-a morrer", respondeu. E foi embora com seu carro.
Entretanto, Sarah não morreu. Levada para a enfermaria uma hora depois, ela se recuperou aos poucos, enquanto sua história se espalhava pela cidade. Dias depois, o taxista escreveu uma carta pública onde explicava que os motoristas de táxi eram proibidos de levar transeuntes sujos ou embriagados, sob risco de perderem o emprego. E que sua família passaria fome caso isso acontecesse.
Sarah Henley se casou com o trabalhador ferroviário Edward Lane, com quem teve os filhos Ruby e Elsie Brown. Faleceu em 31 de março de 1948, aos 85 anos de idade.
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