Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Suécia

Suécia: Para evitar brincadeiras, crianças entrarão um ano mais cedo na escola

A partir de 2028, as crianças na Suécia começarão a escola aos seis anos de idade. Embora faça parte de reformulação do sistema educacional, medida gera debate

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 19/09/2024, às 15h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa - Imagem de Wokandapix por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Wokandapix por Pixabay

Na Suécia, a partir de 2028, as crianças começarão a escola aos seis anos de idade — um ano antes do que acontece atualmente. A medida faz parte de uma reformulação do sistema educacional do país, mas que vem gerando controvérsia. 

+ Oceano de 9 milhões de anos: descoberta histórica é feita em escola dos EUA

O governo anunciou que planeja substituir um ano pré-escolar obrigatório para crianças de seis anos (que no país é conhecido como förskoleklass) para acrescentar um ano a mais na escola primária (a grundskola). A medida visa diminuir as brincadeiras na fase inicial do aprendizado infantil, e apresentar um plano de estudo mais 'formal'. 

Atualmente, a Suécia é governada pela coalizão de centro-direita, liderados pelo Partido Moderado (liberal-conservador) e apoiado pelos Democratas Suecos (extrema-direita). Vale ressaltar que o plano remonta ao governo anterior e também conta com o apoio dos Social-Democratas de esquerda.

Estudo formal

Ao The Guardian, o ministro da educação, Johan Pehrson, disse que "a escola deve voltar ao básico". Ele ainda acrescentou que a mudança teria como foco o aprendizado precoce de leitura e escrita, assim como também da matemática. 

Isso deve levar os alunos a terem uma melhor oportunidade de desenvolver habilidades básicas como leitura, escrita e contagem e de atingir as metas na escola", apontou.

No entanto, críticos apontam que o plano vai contra estudos que mostram que, nessa fase de aprendizado, o melhor para o desenvolvimento das crianças é conviver em um ambiente baseado em brincadeiras — as encorajando a explorar, criar e se desenvolver por meio de atividades, curiosidades e descoberta guiada. 

Outra grande preocupação de líderes sindicais é que a mudança faça com que muitos professores especializados de pré-escola fiquem sem trabalho. 

+ Editoras americanas vão à Justiça protestar lei de banimento de livros em escolas

"Ao empurrar crianças de seis anos para um ambiente escolar mais formalizado, corremos o risco de perder os métodos essenciais baseados em brincadeiras que demonstraram promover o desenvolvimento das crianças", defendeu Christian Eidevald, professor visitante de educação infantil na Universidade de Södertörn, ao The Guardian. 

"Não se trata apenas de uma preferência pedagógica: estudos confirmam que a brincadeira é fundamental para o aprendizado inicial e o desenvolvimento de habilidades críticas, como linguagem e resolução de problemas", finalizou.