Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Mundo

Editoras americanas vão à Justiça protestar lei de banimento de livros em escolas

A lista de livros removidos de bibliotecas escolares inclui autores renomados, como Stephen King e Anne Frank

Redação Publicado em 02/09/2024, às 20h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa de uma biblioteca escolar - Licença Creative Commons via Flickr
Imagem ilustrativa de uma biblioteca escolar - Licença Creative Commons via Flickr

Diversas editoras dos Estados Unidos se uniram para publicar um comunicado conjunto anunciando que estão processando o Estado da Flórida devido a uma lei que permite o banimento de livros nas bibliotecas escolares. O escritor Stephen King comentou sobre o assunto no sábado, 31, através do X: “Flórida baniu 23 dos meus livros. Mas que p***?”.

Conforme repercutido pelo Estado de S. Paulo, o comunicado foi assinado pelas editoras HarperCollins, Penguin Random House, Hachette Book Group, Macmillan, Simon & Schuster e Sourcebooks, e refere-se ao House Bill 1069, recentemente aprovado pela legislatura estadual da Flórida.

Na nota divulgada à imprensa, as editoras afirmam que, desde a implementação da lei em julho de 2023, “centenas de títulos foram banidos em todo o Estado”, abrangendo desde clássicos de Charles Dickens, Ernest Hemingway e Mark Twain até obras de autores contemporâneos como Stephen King, Margaret Atwood e Judy Blume. O Diário de Anne Frank também está entre os livros banidos.

“O HB 1069 requer que bibliotecários de escolas removam livros que contenham qualquer coisa que possa ser vista como ‘conduta sexual’, sem consideração do valor educacional da obra como um todo. Se um ‘pai ou morador do condado’ fizer uma objeção a um livro, o livro deve ser removido em até cinco dias e permanecer indisponível até que a objeção seja resolvida”, afirma o comunicado.

Como editoras dedicadas a proteger a liberdade de expressão e o direito à leitura, o aumento dos banimentos de livros ao redor do país continua a demandar nossa ação coletiva. Lutar contra a legislação inconstitucional da Flórida e pelo país é uma prioridade urgente. Nós estamos apoiando educadores, bibliotecários, estudantes, autores e leitores - todos merecem ter acesso aos livros e histórias que mostram diferentes perspectivas e pontos de vista”, conclui a nota.

O que diz a lei 

Entre as medidas previstas pelo HB 1069 estão a definição do termo “sexo” para o Código de Educação da Flórida e a imposição de requisitos relacionados a títulos e pronomes.

A legislação específica em um trecho que: “‘Sexo’ significa a classificação de uma pessoa sendo ou fêmea, ou macho, baseada na organização do corpo da pessoa em questão para um papel reprodutivo específico, como indicado pelos cromossomos sexuais da pessoa, naturalmente gerando hormônios sexuais, e genitália interna e externa presente no nascimento”.

Deve ser política de cada instituição educacional pública que é autorizada e providenciada pela Constituição e leis da Flórida que o sexo de uma pessoa é um traço biológico imutável e que é falso se referir a uma pessoa pelo pronome que não corresponde ao sexo desta pessoa”, diz outra passagem da legislação.