Conhecido como um comediante silencioso, o ator, na verdade, teve relações controvérsas
Todos conhecem o rosto do comediante silencioso com um bigode parecido com o de Hitler. Sem pronunciar uma palavra sequer, Charles Chaplin conquistou toda uma legião de fãs e marcou a história do cinema com seus filmes críticos e atemporais.
O ator cresceu como um dançarino de tamancos e, entre idas e vindas da profissão, atingiu o ápice de sua carreira aos 26 anos — segundo Peter Ackroyd, biógrafo do comediante. Calculista, Chaplin usou seu sucesso para levar cerca de duas mil mulheres para cama.
O problema disso? Nem sempre elas eram maiores de idade — ou sequer tinham a mesma idade que ele. A primeira das jovens com quem Charles se relacionou foi Mildred Harris, de 16 anos. Apaixonada pelo ator, a jovem anunciou que estava grávida.
Assustado e pensando nas possíveis críticas, Chaplin logo marcou o casamento. Em 1918, os dois assinaram o sagrado matrimônio. Entretanto, se separaram quando ele descobriu que a gravidez não passava de um golpe do baú.
No mesmo ano em que o divórcio saiu, Chaplin, aos 31, conheceu sua próxima esposa, Lillita MacMurray, de 12 anos. Em 1924, ela engravidou do comediante. Preocupado com acusações criminais, ele se casou com Lillita — ela tinha 16 anos. O relacionamento se manteve até 1927 e, nesse meio tempo, Lillita engravidou novamente.
O terceiro casamento duvidoso veio logo depois, dessa vez com Oona O'Neill, filha do dramaturgo irlandês Eugene O'Neill. Na época, a jovem tinha 18 anos, enquanto Chaplin já estava na casa dos 54. Ao descobrir sobre o relacionamento, Eugene, que tinha a mesma idade que o comediante, ficou furioso e deserdou a própria filha.
Cada um dos casamentos foi intercalado com outras relações, com mulheres maiores de idade. Todos eles, entretanto, acabaram rapidamente, enquanto o com Oona durou até a morte do ator. Com a jovem, ele teve oito filhos.
A única coisa em comum entre todos os relacionamentos foi o comportamento agressivo de Chaplin. Todas as mulheres sofreram com padrões exigentes, explosões, temperamentos violentos e muita crueldade, tanto com elas, quanto com os filhos.
Em sua autobiografia, Marlon Brando falou um pouco sobre suas próprias experiências com o comediante. Ele lembra que, nos sets de filmagem, Chaplin tratava seu filho, Sydney, com crueldade. Além disso, segundo Brando, Charles ainda maltratava funcionários e outras pessoas do elenco.
“Ele me repreendeu, dizendo que eu não tinha senso de ética profissional e que era uma vergonha para minha profissão”, escreveu. No episódio, Brando tinha chego ao set com 15 minutos de atraso. “Chaplin foi provavelmente o homem mais sádico que eu já conheci”, afirmou.
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