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Matérias / Arqueologia

O 'tesouro' da Idade do Bronze descoberto acidentalmente na Suécia

No mês de abril, um morador da cidade de Alingsås, no sul da Suécia, encontrou uma série de joias entre outros artefatos de mais de 2500 anos

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/05/2021, às 09h00 - Atualizado em 10/05/2021, às 16h52

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O tesouro por descoberto por acaso - Divulgação/Museu Lödöse/Mats Hellgren
O tesouro por descoberto por acaso - Divulgação/Museu Lödöse/Mats Hellgren

No início do mês de abril, um tesouro da Idade do Bronze foi encontrado acidentalmente por um homem sueco. Conforme informou o Live Science, Tomas Karlsson, morador do município de Alingsås, no sul da Suécia, notou que havia algo debaixo de uma pilha de pedras em uma área montanhosa local.

De início, pensou que se tratava de simples sucata, mas, ao se aproximar, percebeu que havia se deparado com antigas joias feitas de bronze.

A reportagem explica que provavelmente um animal desenterrou parte do material, possibilitando que o tesouro fosse encontrado por Karlsson que, imediatamente, contatou as autoridades. Estas, por sua vez, contaram a grande novidade a uma equipe de arqueólogos

Importante descoberta

No local, foram descobertas cerca de 50 peças, que incluem colares, espirais, aneis de tornozelo e alfinetes, além da cabeça de um machado. Em sua maioria, as joias aparentam estar associadas a uma mulher da alta sociedade que teria vivido no período da Idade do Bronze, em torno de 2.700 e 2.500 anos atrás.

O tesouro foi encontrado sob pedras / Crédito: Divulgação/Museu Lödöse

"É um dos maiores tesouros que já escavamos desde o final da Idade do Bronze na Suécia", afirmou ao Live Science Johan Ling, professor de arqueologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. "E, de fato, trata-se também de bronzes muito espetaculares e muito bem preservados," prosseguiu.

"O interessante é que (os objetos acumulados) não são muito comuns na Escandinávia, embora sejam comuns no norte da Polônia e no norte da Alemanha", disse Ling

Teorias

Conforme afirmou o especialista, os artefatos teriam sido enterrados propositalmente e a razão para o ato talvez seja explicada por um ritual. É possível, segundo o arqueólogo, que a população que viveu naquela região antigamente realizasse cerimônias semelhantes ao potlatch, prática comum a alguns grupos indígenas que vivem nos Estados Unidos e no Canadá.

O tesouro data da Idade do Bronze / Crédito: Divulgação/Museu Lödöse

Esse costume, geralmente, envolve uma cerimônia com danças e um grande banquete. Durante o ritual, as pessoas doam ou destroem parte de seus bens para demonstrar generosidade e melhorar sua posição social.

O achado seria, portanto, "um autoinvestimento, é uma manifestação de poder que essas elites estão fazendo, mostrando que 'podemos pagar [isso], temos essa capacidade, você não tem isso'", explicou Ling. "[Eles] acreditavam que isso mostrava seu poder ao oferecer seu excedente, por assim dizer."

Cabeça de um machado encontrada / Crédito: Divulgação/Museu Lödöse

Há ainda a teoria de que o tesouro tenha sido enterrado ao mesmo tempo em que um indivíduo foi sepultado em uma outra localidade. Contudo, até o momento, a equipe não encontrou qualquer sepultura nas proximidades da região. 

O bronze em território sueco

Conforme a matéria do Live Science, durante a Idade do Bronze, a população que vivia no território da Suécia era composta por fazendeiros e agropastoris. Do excedente que produziam, conseguiam investir no comércio. 

De acordo com Ling, todos os metais da época que havia no local foram importados, "tanto cobre quanto estanho, e os bronzes são feitos de 90% de cobre e 10% de estanho".


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