Saiba o que alegou o gabinete do agora rei do Reino Unido
Quando ainda era príncipe, Charles IIIrecebeu doações por parte do xeque Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, ex-primeiro-ministro do Catar. Parte dessas doações, que somaram 3 milhões de euros (em torno de R$ 16 milhões) em dinheiro vivo, estava em sacolas de loja.
O caso foi revelado pelo jornal “Sunday Times”, que apontou que o herdeiro do trono britânico teria aceitado três lotes de cédulas entre os anos de 2011 e 2015. Segundo o Charles, no entanto, não havia qualquer irregularidade na situação.
“As doações de caridade recebidas do xeque Hamad bin Jassim foram repassadas imediatamente para uma das instituições de caridade do príncipe que realizou a governança apropriada e nos garantiu que todos os processos corretos foram seguidos”, afirmou o gabinete do príncipe em junho deste ano.
De acordo com a CNN, o “Sunday Times” disse que não havia qualquer sugestão de que os pagamentos seriam ilegais. No entanto, para o grupo de campanha antimonarquia Republic, o caso necessitaria de uma investigação.
Em novembro de 2021, Michael Fawcett, considerado o braço direito do príncipe ao longo de décadas, acabou deixando o cargo de dirigente de uma das principais instituições de caridade da realeza britânica depois que o jornal anteriormente citado afirmou que ele havia oferecido honras em troca de doações.
Um porta-voz de Charles, porém, apontou na época que o herdeiro do trono não tinha conhecimento da suposta oferta de honras ou cidadania a partir de doações. As alegações têm sido investigadas pela polícia e também pela Comissão de Caridade da Grã-Bretanha desde então.