A formação fossilizada impressiona pela quantidade de ovos presentes na região, que ultrapassa os mil exemplares
Pesquisadores da Universidade de Tsukuba descobriram uma impressionante formação de óvulos fossilizados em 2015 na província de Hyogo, sudoeste do Japão. A pesquisa, publicada no mês de julho na Cretaceous Research, relata que cascas de ovos de possíveis dinossauros ainda na fase de desenvolvimento podem lançar luz sobre essa diversidade ecológica perdida.
A “Pedreira de Ovos Kamitaki”, localizada na formação Ohyamashimo, foi encontrada em uma camada de lama marrom-avermelhada e se formou na planície de inundação do rio Cretáceo Precoce, o que leva a equipe a acreditar que a pedreira tem ao menos 110 milhões de anos. Escavada durante o inverno asiático de 2019, mais 1.300 ovos fósseis foram localizados.
A maioria dos ovos encontrados estavam quebrados em diversos fragmentos isolados, mas em raros pontos, os paleontólogos observaram alguns ovos parcialmente completos. Os ossos pertencem ao gênero Himeoolithus murakamii, sendo pequenos e com uma massa estimada em 9,9 gramas, pertencendo aos dinossauros terópodes não aviários, do grupo do tiranossauro e velociraptor.
O autor principal, Kohei Tanaka, explicou que a análise tafonômica localizou os fragmentos, mas não caracteriza a região como uma terra antiga da espécie: “A grande diversidade desses pequenos ovos terópodes torna essa uma das mais diversas localidades de óvulos do início do período cretáceo conhecidas. Pequenos fósseis esqueléticos de terópodes são bastante escassos nesta área”.