O Templo de Edfu, no Egito, passa por um projeto de restauração que trouxe à tona as cores vibrantes e as inscrições originais
O Templo de Edfu, no Egito, passa por um projeto de restauração que trouxe à tona as cores vibrantes e as inscrições originais de suas esculturas internas pela primeira vez, repercute o Daily News Egypt.
Liderada por uma equipe arqueológica egípcia e alemã do Conselho Supremo de Antiguidades (SCA) e da Universidade de Würzburg, a iniciativa começou em 2021 e é financiada pela Fundação Gerda Henkel. O foco principal está na limpeza e restauração do telhado, das paredes e das câmaras internas sagradas do templo, dedicadas ao deus Hórus.
Construído durante o período ptolomaico, o Templo de Edfu é um dos mais bem preservados do Egito. Sua construção, iniciada por Ptolomeu III Euergetes em 246 a.C. e concluída sob Ptolomeu XII Auletes em 57 a.C., oferece valiosas percepções sobre a antiga língua egípcia, mitologia e práticas religiosas.
A restauração revelou cenas vívidas e inscrições ocultas por séculos sob camadas de sujeira, fuligem e depósitos de sal. Textos hieroglíficos e inscrições demóticas nunca vistos foram descobertos, incluindo uma rara descrição da entrada dos sacerdotes no Santo dos Santos, uma câmara sagrada do templo, segundo o Daily News Egypt.
Conforme o Archaeology News, Mohamed Ismail Khaled, Secretário-Geral do SCA, explicou que a restauração não se limita à limpeza, mas também à estabilização e documentação digital das inscrições e obras de arte, o que permitirá traduções e estudos mais precisos.
As descobertas notáveis incluem vestígios de folhas de cobre dourado nas paredes superiores e de douramento em esculturas que retratam divindades, insígnias reais e joias.