Enquanto caminhava pela região da Boêmia Central da República Tcheca, mulher tropeçou e acabou fazendo descoberta que 'acontece uma vez a cada década'
Durante uma caminhada por Kutná Hora, cidade localizada na região da Boêmia Central da República Tcheca, uma mulher europeia — que não teve sua identidade revelada — fez uma descoberta incrível.
Segundo um comunicado emitido pelo Instituto de Arqueologia da Academia Tcheca de Ciências (ARUP), durante sua atividade física, a mulher acabou tropeçando em um tesouro enterrado que remete a Idade Média. Mas o que ela encontrou?
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Arqueólogos que analisaram os artefatos apontam que esse é o tipo de descoberta que "acontece uma vez a cada década". De acordo com os especialistas, conforme repercutido pelo New York Post, o tesouro consistia em mais de 2.150 moedas de prata.
Acredita-se que foram cunhadas entre 1085 e 1107, sendo fabricadas em algum lugar de Praga e depois importadas para a região da Boêmia. "A [descoberta foi] feita de liga de moeda, que, além de prata, também contém uma mistura de cobre, chumbo e metais traço", explicou a ARUP nem nota.
Determinar essa composição específica também pode ajudar a determinar a origem da prata usada", continuou o órgão.
Uma das grandes perguntas em relação ao achado foi respondida pelo arqueólogo Filip Velímský. Afinal, por qual motivo uma quantidade tão grande de moedas se perdeu ao longo do tempo?
Velímský explica, ainda segundo relatado pelo New York Post, que as mais de 2.150 moedas de prata foram escondidas num período que o país vivia grande instabilidade política pela disputa de poder do trono.
O tesouro estava armazenado em um recipiente de cerâmica, que acabou se deteriorando ao longo dos anos. No entanto, a equipe de pesquisadores ainda conseguiu encontrar a parte do fundo do recipiente.
Naquela época, havia disputas no país entre os membros da dinastia Přemysl sobre o trono principesco de Praga", disse o historiador.
Complementando a informação, o Instituto de Arqueologia da Academia Tcheca de Ciências relatou que, durante aquele período, as batalhas eram algo comum. Dessa forma, tal quantia de moedas poderia ter sido o dinheiro "para pagar salários ou despojos de guerra".
O arqueólogo Filip Velímský ainda explicou que o valor das moedas antigas era "inimaginável" durante o período. "Infelizmente, para a virada do século 11 para o 12, não temos dados sobre o poder de compra das moedas contemporâneas".
"Mas era uma quantia enorme, inimaginável — e, ao mesmo tempo —, indisponível para uma pessoa comum. Pode ser comparado a ganhar um milhão na loteria", esclareceu o arqueólogo.
O achado, relatado em maio desse ano, foi classificado pelas autoridades checas como "uma das maiores descobertas da última década", apontou o ARUP.
Mais de 2.000 moedas de prata representavam uma quantia enorme em sua época", apontam no comunicado.
Após o achado das cerca de 2.150 moedas de prata, os historiadores passaram a trabalhar no processamento delas — o que incluiu uma análise de raio-X e determinar de qual material elas são feitas. A expectativa é que os artefatos sejam expostos a partir de 2025.
