A obra, dividida em 4 episódios, expõe o esquema de tráfico infantil que o bilionário comandava, e toda a história começou com uma garota na Flórida
Em 2005, uma garota de 14 anos de idade nos Estados Unidos estremeceu a alta sociedade americana quando contou aos seus pais sobre um suposto abuso sexual que teria sofrido em uma reidência em Palm Beach, na Flórida.
Os pais da menina formalizaram uma denúncia de pedofilia acusando o empresário bilionário Jeffrey Epstein, que tinha fotos da dita menina em sua residência. Então, a situação começou a ficar cada vez mais profunda.
Ao longo de um ano, o FBI descobriu que Epstein — até então um renomado e conhecido bilionário — pagava com frequência para que meninas menores de idade praticassem atos sexuais para ele. Diversas pessoas, muitas delas vítimas, foram entrevistadas e corroboraram com a primeira denúncia, todas com uma história muito parecida.
Não foi um processo fácil para que a polícia da Flórida conseguisse uma condenação adequada para o bilionário, tanto que o magnata conseguiu, por meio de seus advogados, evitar uma denúncia federal que poderia lhe sentenciar à prisão perpétua, cumprindo somente 13 meses de prisão em regime semiaberto.
Quem era Jeffrey?
Epstein foi um rapaz de sucesso avassalador e carreira astronômica. Tendo começado a trabalhar no mercado financeiro depois de ter sido descoberto dando aulas em uma escola particular em Nova York, Jeffrey se tornou sócio minoritário do banco de investimento Bear Stearns apenas 4 anos depois de entrar no ramo.
Os negócios do bilionário, a partir de então, estiveram sempre envolvidos com alguma falcatrua. Em 1987, o homem foi convidado a ser consultor da empresa Towers Financial Corporation, que comprava dívidas de pessoas comuns cobrando parcelas e restituições. A empresa se mostrou ser fachada para um esquema de enriquecimento ilícito por parte dos acionistas.
Porém, as investigações nunca apontaram nenhuma evidência que conseguisse provar que Epstein sabia dessas ilegalidades, assim, não foi acusado de nenhum crime. Enquanto isso, fundou a sua própria empresa de consultoria, a J. Epstein & Co, e foi quando iniciou sua relação com a elite de Manhattan.
Amizades poderosas
Entre a sua rede de amizades estavam nomes como Donald Trump, o agora presidente dos Estados Unidos, que afirmou em entrevista, em 2002, que o empresário era seu amigo íntimo. De acordo com Trump, ele era um “grande cara”, e que diziam que “gosta de mulheres lindas tanto quanto eu, e muitas delas são jovens”. A última parte da declaração, entretanto, envelheceu bem mal.
Trump não foi a única figura política a andar com Epstein. Entre 2002 e 2003, o ex-presidente Bill Clinton realizou quatro viagens para a África e a Ásia com o empresário, no avião particular do bilionário, entretanto o democrata afirmou que os encontros, acompanhados do ator Kevin Spacey — também condenado por pedofilia —, tinham como base os trabalhos de caridade da Fundação Clinton nesses locais.
Outro amigo bem próximo de Epstein foi o Príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II. O caso do membro da família real, entre tantos outras amizades do poderoso e influente americano, foi um dos mais notáveis. Em 2019, uma mulher americana acusou o príncipe de ter abusado sexualmente dela quando ainda era menor de idade, por meio de ajuda do Epstein — que seria o responsável pelo intermédio.
Claramente, Andrew negou todas essas acusações argumentando que nem sequer conheceu a mulher em questão. Entretanto, uma foto dos dois juntos, lado a lado, desmentiu a defesa do britânico. Depois disso, a imagem pública do monarca — que já era quase nula — passou a ser cada vez mais rara.
Derradeira prisão
Em 2019, o caso de Epstein parecia abafado, já que o homem condenado estava livre desde 2010. Porém, o magnata foi surpreendido quando, depois de pousar com seu jato particular em um aeroporto de Nova York, foi preso pela polícia acusado de comandar uma complexa rede de tráfico de crianças e prostituição infantil.
Em sua residência foi encontrado diamantes, 70 mil dólares em notas e diversas fotos eróticas — ou com conteúdo duvidável —,com retrato de pessoas menores de idade. O pedido de fiança pela defesa do homem, de 600 milhões de dólares, foi negada.
Suicídio
Depois de ter sido socorrido em sua cela após ser encontrado desacordado, não demorou muito para que Epstein conseguisse, de uma vez por todas, dar fim a sua própria vida. No dia 10 de agosto de 2019, o empresário foi encontrado morto com um lençol em volta de seu pescoço, encerrando de uma vez por todas a investigação de seu esquema de tráfico e abuso de menores.
E esse é justamente o problema enxergado por muitos, que, inclusive, tendem a acreditar ter se tratado de um assassinato ao invés um simples suicídio. O repórter do New York Times, James B. Stewart, que se encontrou duas vezes com Epstein — já preso —, afirmou que o mesmo teria dito a ele que tinha segredos de pessoas poderosas que poderia revelar.
Nada, porém, chegou a ser comprovado até o momento. Depois do início de uma série de manifestações contra violência policial nos Estados Unidos, o grupo hacker Anonymous afirmou ter documentos que consigam conectar o presidente americano Donald Trump com as ações ilegais de Jeffrey. Cabe esperar e acompanhar o desenrolar dessa história, que, apesar da morte do homem, está longe de acabar.
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