Bêbados sedentos e a abundância de madeira no local também contribuíram para um dos maiores incêndios já ocorridos na História
No verão de 1871, um incêndio de grandes proporções varreu o município de Chicago, levando consigo 300 vidas e desabrigando mais de 100 mil moradores. Com duração de dois dias, a catástrofe se estendeu pelas construções de madeira que compunham a cidade.
Até hoje não se sabe o que causou o fogo, embora uma hipótese curiosa seja a mais aceita. Iniciado em um estábulo na zona sul, o incêndio teria sido causado por uma vaca desastrada.
Fogueira viva
Em fins do século 19, Chicago era o maior entreposto comercial de madeira do mundo. Mais de dois terços de sua estrutura eram feitos do material, incluindo telhados, calçadas e paredes altamente inflamáveis. O verão de 1871 foi anormalmente seco e com apenas um quarto da precipitação habitual.
O incêndio começou por volta das 21h de domingo, no pequeno celeiro pertencente à família O’Leary, de origem holandesa. Quando os bombeiros chegaram, com seus 17 carros puxados por cavalos, o fogo já havia varrido toda a vizinhança e progredido em direção ao centro. Não havia nada que pudesse ser feito, a não ser esperar por uma chuva milagrosa.
Após o incêndio, que durou do dia 8 ao dia 10 de outubro, a cidade recebeu doações monetárias de todo o país, renascendo das cinzas. Hoje, é uma das cidades mais populosas e modernas do mundo.
Mas e a vaca?
Provavelmente, a fazendeira Catherine O’Leary teria ordenhado o animal na noite do dia 8 de outubro, durante uma festa regada a uísque, em sua casa. Catherine foi buscar a bebida a pedido dos convidados, que queriam um pouco de leite fresco para amenizar o álcool, quando o animal derrubou seu lampião a querosene e desencadeou o incêndio que só seria apagado 34 horas depois.
Apesar de os O’Leary negarem essa história, sua propriedade tinha de fato sido o foco do incêndio. Devido às muitas acusações, o governo da cidade decidiu exonerar a família e seu animal em 1897.