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Matérias / Gustavo Petro

Espada de Bolívar causa polêmica na Espanha e desagrada rei

Rei Felipe VI da Espanha não se levantou e nem aplaudiu depois que espada de Bolívar foi exibida em posse de Gustavo Petro

Redação Publicado em 09/08/2022, às 19h03

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Espada de Bolívar na cerimônia de posse de Gustavo Petro à esquerda e Imagem de Petro à direita - Reprodução/Vídeo/Youtube e Foto de Guillermo Legaria na GettyImages
Espada de Bolívar na cerimônia de posse de Gustavo Petro à esquerda e Imagem de Petro à direita - Reprodução/Vídeo/Youtube e Foto de Guillermo Legaria na GettyImages

Gustavo Petro, novo presidente da Colômbia, desagradou o rei da Espanha pela escolha de um item para a cerimônia de sua posse: a espada de Bolívar, herói militar  responsável pela independência de seis países da América Latina do domínio da Espanha, no século XIX.

Na cerimônia que ocorreu no último domingo, 7, Gustavo Petro pediu para que a Casa Militar trouxesse a espada de Simón Bolívar. Seu antecessor, Iván Duque, havia vetado o objeto no episódio e a escolha gerou controvérsias. Como repercutido pelo G1, o rei da Espanha, Felipe VI, foi criticado em seu próprio país por ter sido desrespeitoso com os colombianos, por causa da arma.

A cerimônia teve de começar sem o objeto. Iván Duque alegou que não gostaria que a espada fosse um símbolo na cerimônia por motivos de segurança. Entretanto, segundo o "El Mundo", os próprios assessores de Duque disseram que o motivo era uma desculpa.

Petro, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, depois de receber sua faixa e prestar juramento, exigiu a espada um pouco depois. "Eu dou ordem à Casa Militar para que traga a espada de Bolívar", disse. E assim foi feito.

Quando os militares desfilaram com o objeto, o público de cerca de 100 mil pessoas aplaudiu, mas o rei Felipe VI, permaneceu sentado, além de ter sido vaiado por algumas pessoas, após o anúncio de seu nome.

Felipe VI foi criticado por deputados de esquerda na Espanha, por sua atitude, que julgaram ter sido desrespeitosa.

Escândalos com a espada

O M-19, grupo guerrilheiro no qual Gustavo Petro iniciou sua vida na política, em 17 de janeiro de 1974, roubou a espada da Quinta de Bolívar, casa localizada em Bogotá, onde Simón Bolívar morou depois da independência.

O grupo deixou um bilhete, no qual, em um trecho dizia: “Sua espada deixa as teias de aranha do museu e se lança aos combates do presente, passa às nossas mãos, às mãos do povo em armas”.

No entanto, em 1991, a arma foi devolvida depois que o grupo renunciou à luta armada e aderiu à política institucional.

A espada que estava em Cuba, país que não possuía relações diplomáticas com a Colômbia, precisou ser devolvida através de uma intermediação da Venezuela. O objeto foi devolvido em uma cerimônia na Quinta de Bolívar em 31 de janeiro de 1991.

Simón Bolívar

Simón Bolívar foi um militar responsável pela independência de países como Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia do domínio da Espanha. 

Na Colômbia, a data considerada para sua independência é 20 de julho de 1810. Mesmo após esse ano, ainda tiveram confrontos para expulsar os espanhóis do país, como a Batalha de Boyacá, em 1819, confronto final de uma campanha iniciada por Bolívar na Venezuela. 


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