Pertencente a família dos ornitorrincos, até mesmo o fluxo de espermatozoides do animal chama atenção pela organização
Com fusões de répteis e mamíferos, os animais monotremados chamam atenção pela aparência diferente de todos os outros animais, com bicos longos e rígidos, além de serem os únicos mamíferos que botam ovos.
O ornitorrinco, eternizado pelo personagem Perry da série animada 'Phineas & Ferb', é o monotremado mais conhecido — porém, um parente próximo chama atenção por uma constituição corporal específica.
A equidna, que é subdividida em quatro espécies naturais da Austrália e Nova Guiné, como informa o portal Planeta, possui uma estranha característica envolvendo os órgãos sexuais dos machos, começando pelo fato de que seu pênis serve unicamente para a reprodução, nunca para urinar.
Os testículos também chamam atenção por não terem um saco escrotal o protegendo, sendo armazenado internamento assim como o pênis quando não está em uso em acasalamentos.
Invés de ter um corpo cavernoso e um esponjoso espaçando a uretra, a equidna apresenta um pênis distinto, com as estruturas separadas e tendo ramificações no principal vaso sanguíneo, que proporciona a ereção. Sendo assim, ele sai por completo do corpo do animal com surpreendentes quatro cabeças.
Porém, apesar das quatro saídas, apenas duas glandes são usadas simultaneamente, tendo o fluxo de sangue direcionado para os ramos desejados pelo próprio animal. Elas possuem o formato de roseta e se alternam pela melhor função desejada, visando posicionamento e conforto na hora da reprodução.
A descoberta foi concluída por pesquisadores de três universidades da Austrália — Melbourne, Queensland e Monash — que conseguiram acessar o animal para submeter aos estudos, reunindo as evidências dos exames em um artigo científico na revista Sexual Development.
Além do formato, o estudo ainda verificou a eficácia da fecundação com o pênis multidirecional, observando como os espermatozoides atuavam.
Assim que o tubinho de alguma das glandes enche de sangue, sua rigidez permite com que ele fique aberto para a passagem do sêmen para a equidna fêmea receber.
Contudo, a ejaculação deste monotremado não contém quantidades inumeráveis de espermatozoides, mas cerca de 100 deles por liberação.
A grande diferença é que, ao invés de nadarem cada um por si, eles se organizam cooperativamente para todos chegaram em um ritmo único ao óvulo, mostrando eficiência na transmissão e possibilitando a fecundação.
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