Em 2016, a fotografia tirada na capital inglesa chamou a atenção de portais de notícias do mundo inteiro — que tiveram de se retratar por um erro bobo
Em março de 2016, uma fotografia amplamente compartilhada pela internet — e posteriormente por diversos portais de notícias — revelou um suposto fenômeno biológico nas ruas de Londres. Enquanto encerrava uma jornada de trabalho, um eletricista se deparou com um animal peludo, grande e gordo, fazendo questão de se aproximar.
Ao chegar, teve certeza de que se tratava de uma ratazana, mas com características nunca antes vistas na história da ciência moderna. Com o auxílio de uma pinça mecânica de manutenção, o homem agarrou o animal e, junto ao amigo Tony Smith, realizou um registro fotográfico do roedor pendurado.
Quando compartilhada nas redes sócias, a foto viralizou em poucas horas, rendendo entrevistas e a procura pelo animal nas ruas da capital inglesa. Em entrevista ao jornal Standart, Tony afirmou que iria jogar o animal no lixo, mas registrou os momentos finais: “Pensamos que antes deveríamos tirar uma foto, porque ninguém ia acreditar que era verdade”.
Desconfiança científica
Na mesma entrevista do fotógrafo amador, a altura do animal foi atribuída a mais de um metro de altura, sendo descrita como maior que "sua gata e seu cachorro da raça Jack Russel juntos". Com isso, seu peso proporcional também seria algo próximo aos animais domésticos citados, com cerca de 10 quilos. Tais medidas foram suficientes para levantar dúvidas.
Na área da biologia, seria um achado impressionante, visto que a maior ratazana já vista, originária da Zâmbia, pesa aproximadamente 1,5 quilos e não mede nem um metro de comprimento. Com isso, a possibilidade de ser uma montagem ou uma fotografia contruída foi levantada por diversos pesquisadores.
Em entrevista à BBC, a professora, Jane Hurst, do Instituto de Biologia Integrativa da Universidade de Liverpool, chegou a explicar a impossibilidade presente na fotografia: "É impossível que uma ratazana marrom seja tão grande ou que um ser humano seja capaz de segurar um animal de 11 quilos com uma pequena pinça". Com isso, foi possível a conclusão da desconfiança como um simples truque fotográfico.
Simples truque de imagem
Dispondo um rato grande — porém bem menor do que o atribuído — em direção a lente do aparelho fotográfico, o eletricista conseguiu produzir uma ilusão de ótica que dá a impressão de que o roedor possui um comprimento e peso muito maiores do que qualquer outro da espécie, manipulando sem auxílio de ferramentas de edição.
Essa técnica é chamada no ramo da fotografia de “perspectiva forçada”, ou seja, quando é possível produzir uma outra proporção que distorce o tamanho original de algo. Um exemplo bastante comum são turistas que se apoiam em prédios ou agarram construções com o advento das fotografias.
Os eletricistas que enganaram a imprensa não apenas deixaram de falar sobre o assunto, como não apresentaram provas ou indicaram onde os restos mortais dos roedores ficavam. O episódio, porém, possibilitou uma foto bastante engraçada.
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