Por gostar de domas os animais, Pedro cavalgava com elegância e velocidade ímpar
Desde muito cedo, o hiperativo Dom Pedro passou a frequentar cocheiras e cavalariças, aprendendo a montar e a lidar com cavalos, o que incluía ferrar os próprios animais.
Gostava de domar potros xucros, cavalgava com elegância e velocidade ímpar. Muitas vezes de forma temerária, principalmente quando usava a carruagem de quatro cavalos com a qual percorria velozmente, de chicote em mãos, as ruas cariocas e os arrabaldes da cidade.
Apesar da agilidade, sofreu quase 40 acidentes equestres enquanto esteve no Brasil, alguns bastante sérios. Devoto de Nossa Senhora da Glória, d. Pedro costumava sair a cavalo da Quinta da Boa Vista pela manhã, atravessar a cidade, assistir à missa no Outeiro e retornar a tempo de almoçar.
Em fevereiro de 1821, durante as agitações que obrigaram d. João VI a jurar a Constituição, entre idas e vindas, entre o Paço e o Palácio de São Cristóvão, no Rio, d. Pedro cansou dois cavalos.
Na viagem de retorno de Minas, em agosto, fez aproximadamente 480 quilômetros em quatro dias, deixando para trás seus acompanhantes. Segundo os cálculos da época, teria percorrido 1.600 quilômetros durante os 30 dias em que permaneceu entre os mineiros.
A viagem do Rio a São Paulo foi feita em 12 dias; na volta, pelo mesmo caminho, d. Pedro levaria apenas cinco dias.
Em comemoração aos 200 anos da independência do Brasil, 'Ás margens do Ipiranga' utiliza uma linguagem simples para explicar características pouco faladas sobre a
viagem que antecedeu o dia 7 de setembro de 1822. As histórias que não são tão
conhecidas pelos brasileiros são exploradas pelo autor Rodrigo Trespach, como um relato de viagem.