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Matérias / Dançando Para o Diabo

Dançando Para o Diabo: Conheça o documentário chocante da Netflix

Exclusivo da plataforma de streaming Netflix, Dançando Para o Diabo apresenta uma história chocante que envolve dançarinos e uma igreja

Redação Publicado em 06/06/2024, às 16h00

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Imagem do documentário Dançando Para o Diabo - Divulgação/Netflix
Imagem do documentário Dançando Para o Diabo - Divulgação/Netflix

As coreografias que circulam nas redes sociais são amplamente conhecidas entre os adolescentes, devido à facilidade de acesso às plataformas disponíveis para a maioria das pessoas ao redor do mundo.

Muitas pessoas estão lucrando ao mostrar suas habilidades de dança, especialmente profissionais da área que usam as redes sociais para garantir patrocínios e expandir sua visibilidade. No entanto, assim como em todas as áreas, há pessoas que veem uma oportunidade de usar as redes sociais para influenciar os jovens de forma negativa.

Esse é o tema do novo documentário da Netflix, "Dançando Para o Diabo". A produção apresenta os detalhes internos de um suposto culto influenciado por Robert Shinn, líder espiritual da Igreja Shekinah que estabeleceu a agência 7M para gerenciar as trajetórias profissionais dessas pessoas. Leia mais sobre essa narrativa!

Em 2016, Miranda Wilking completou o ensino médio e se mudou para a Califórnia em busca de seu sonho de se tornar uma dançarina profissional. Após um ano, sua irmã Melanie também se juntou a ela.

Com o crescimento do TikTok, a cena da dança online se tornou muito popular. Miranda e Melanie despontaram nesse cenário ao criar sua própria identidade e compartilhar seu alto astral e otimismo por meio de coreografias de dança, unboxings de produtos e outras atividades.

Em 2019, o dançarino e influenciador "BDash" (cujo nome verdadeiro é James Derrick) contatou as irmãs Wilking para falar sobre uma potencial parceria. Esse encontro foi o ponto de partida para uma sequência de acontecimentos que resultou no encontro de Miranda e Melanie com Robert Shinn.

Depois que Miranda começou a se relacionar com o dançarino, eles passaram a frequentar a uma igreja liderada pelo empresário. Melanie foi à primeira reunião, mas não se sentiu à vontade e decidiu não voltar. Enquanto isso, a irmã e o namorado continuaram frequentando a igreja e se tornaram membros da Shekinah.

Dançarinos

O local era frequentado por um seleto grupo de dançarinos que possuíam uma grande quantidade de seguidores na internet, e ao perceber isso, Shinn optou por fundar uma agência de talentos chamada 7M.

Ele fornecia moradia para os jovens, estabelecia acordos e colaborações com marcas renomadas, disponibilizava carros de luxo, tudo isso visando promover a imagem de Deus e, é claro, enriquecer-se.

No entanto, para desfrutar dos 'benefícios', o líder exigia uma grande parte dos lucros obtidos pelos seus influenciadores, incluindo o aluguel, a taxa do líder espiritual, do guia que os auxiliava, a contribuição para a igreja estabelecida na doutrina local e os impostos.

Um dos dançarinos apresentados no documentário recebeu cerca de 4 mil dólares de um contrato avaliado em 102 mil dólares. Outra regra do culto era que os membros precisavam renunciar às suas vidas atuais para alcançar a purificação e assegurar sua entrada no paraíso.

De acordo com um áudio do pastor, que foi mostrado na Netflix, ele afirma que precisavam “morrer para suas vidas”, a fim de conquistar a purificação e garantir a entrada no paraíso. Foi isso que aconteceu com Miranda.

Ao permanecer no culto, ela se afastou de sua família e deixou para trás todo o seu passado. Indivíduos que estiveram com a jovem na mansão da 7M contaram ao documentário que, em várias ocasiões, ela chorava de saudade da família, mas não podia encontrá-los devido à imposição de Robert.

Contato

Os pais afirmam que fizeram diferentes tentativas de se comunicar com a filha, porém ela não respondia e os ignorava. A família, que suspeitava que a jovem estava sendo manipulada, realizou uma transmissão ao vivo para discutir o assunto, o que resultou em outras pessoas se manifestando com histórias semelhantes.

Em conjunto, alguns pais tentaram denunciar o caso às autoridades, porém a investigação sobre a empresa e Robert continua em andamento. Ela declara em suas postagens nas redes sociais que está bem e refuta qualquer insinuação de ter se associado a uma seita, mesmo que tenha cortado relações com sua família, não os convidando sequer para seu casamento.

Dois anos atrás, a 7M divulgou em um comunicado que suas atividades eram independentes da igreja mencionada. Além disso, Shinn decidiu entrar com um processo contra os ex-membros do grupo, alegando que as acusações eram falsas e que ele foi alvo de ataques nas redes sociais.

Consequentemente, os indivíduos que participaram do culto entraram com processos legais contra Shinn, sua esposa e outros associados aos negócios. Além de acusações de fraude, as denúncias incluem também tráfico de pessoas, trabalho escravo e até mesmo abuso sexual. Até o momento da redação deste texto, Shinn não enfrentou acusações criminais, no entanto, o caso será levado a julgamento no próximo ano.