Inserida na nova temporada de The Crow, a Condessa de Mountbatten foi amiga do marido de Elizabeth II até o fim
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/08/2021, às 09h57 - Atualizado em 14/11/2022, às 10h48
A nova temporada de The Crown chegou à Netflix na última quarta-feira, 9, e já é uma das produções mais assistidas da plataforma de streaming. Retratando os ‘bastidores’ da Família Real britânica desde a década de 1940 até os tempos atuais, o novo ano da série tem um enfoque nos anos 1990 — um período bem conturbado para a realeza.
Neste período, afinal, ocorreu o polêmico divórcio entre o príncipe Charles, atual rei do Reino Unido, e a princesa Diana — que veio a falecer pouco depois em um trágico acidente de carro —, além do incêndio no Castelo de Windsor, em 1992.
Na quinta temporada também somos introduzidos à história de Penny Knatchbull, conhecida pelo título de Condessa de Mountbatten. A personagem, que é interpretada pela atriz Natascha McElhone, é considerada pela biógrafa Ingrid Seward, que escreveu alguns livros a respeito da Família Real, como a "segunda mulher mais importante na vida do príncipe Philip, Duque de Edimburgo", marido da rainha Elizabeth II.
O último livro de Seward, inclusive, lançado em 2020, chama-se 'Prince Philip Revealed: A Man of His Century' (ou, em tradução livre, 'Príncipe PhilipRevelado: Um Homem de Seu Século').
Assim, conforme repercutido pela revista People, a produção da Netflix explora a tensão entre as duas mulheres da vida do Duque: sua esposa, Elizabeth II, e sua melhor amiga, Penny Knatchbull, que na vida real era 32 anos mais nova que ele.
Essa diferença de idade, no entanto, não teria atrapalhado a amizade dos dois. Seward descreve Penny como uma "confidente constante", uma "companheira leal" e ainda "guardiã dos segredos" de Philip.
Penelope Meredith Mary Knatchbull nasceu em 1953, próximo da data em que Elizabeth II foi coroada como Rainha da Inglaterra.
Ela se casou com Norton Knatchbull, aos 26 anos de idade, e foi através desse laço matrimonial que começou sua amizade com o Duque de Edimburgo, que era ninguém menos que o padrinho de seu marido. Embora Penny já tivesse conhecido o casal real antes de juntar-se a Norton, sua proximidade com Philip começou durante uma tragédia familiar, em 1991.
Naquele ano, a moça passou pela perda de Leonora, sua filhinha de apenas cinco anos, que foi levada pelo câncer de rim. Foi natural que o Duque desse apoio emocional para seu afilhado e a esposa dele durante esse período tão difícil.
Além do luto, os hobbies compartilhados pela dupla também tiveram um grande papel em uni-los. Isso pois ambos Penny e o Duque de Edimburgo gostavam de realizar atividades ao ar livre, com um foco especial para equitação, que era uma das paixões do marido da rainha.
Inclusive, Philip se encarregou de ensinar a Condessa de Mountbatten a conduzir carruagens. Vale mencionar aqui que o membro da Família Real era apaixonado por competições de condução de carruagem e chegou até mesmo a lançar um livro a respeito do assunto em 1994.
Outro momento interessante dos dois que fora revelado pela biógrafa Ingrid Seward, em sua obra de 2020, sobre uma dança da dupla na pista de dança de um baile realizado pela realeza nas primeiras semanas de agosto.
"Quando eu vi Philip e Penny dourando ao redor da pista de dança no Royal Yacht Squadron Ball durante a Cowes Week, nenhum dos dois deu a mínima para quem os viu ou o que qualquer um poderia dizer", descreveu Seward.
Em abril de 2021, quando o Duque de Edimburgo veio a óbito aos 99 anos de idade, a Condessa de Mountbatten foi uma das poucas convidadas ao seu privativo funeral, que contou com apenas 30 pessoas. O número reduzido teve o objetivo de evitar aglomerações durante a pandemia.
Segundo divulgado na época pelo Express, Penny chegou à cerimônia fúnebre parecendo "inconsolável" e "com o coração partido": "Ela perdeu seu melhor amigo", afirmou o veículo.