A história impressionante resultou em mais de 160 milhões de reais roubados e um plano mirabolante
Imagine um assalto, nas mesmas proporções da narrativa orquestrada por mercenários na série La Casa de Papel, da Netflix. Parece que só ficaria na imaginação, não é mesmo? Mas em 2005, precisamente em Fortaleza, Ceará, um grupo de pessoas conseguiu esse feito.
Entre os dias 6 e 7 de agosto, ladrões invadiram o Banco Central do Brasil e o crime só foi percebido no início do expediente no dia 8. Foi o segundo maior roubo ao banco da história do país, levando a bagatela de mais de 160 milhões de reais.
O planejamento começou a ser feito três meses antes. O grupo recebeu informações de um funcionário da agência, sobre como funcionava o local e as plantas subterrâneas. Com isso, eles então alugaram uma casa no centro da capital, apenas um quarteirão de distância do alvo.
Eles falavam que a residência era uma empresa que produzia grama natural ou sintética. A desculpa era pra que os vizinhos não desconfiassem do fluxo frequente de carros e pessoas carregando montes e montes de terra.
Embaixo da moradia, fora construído um túnel, que foi uma verdadeira obra da engenharia. Tinha quatro metros de profundidade, com 80 metros de extensão e 70 cm de diâmetro e passava pela Avenida Dom Manuel, uma das mais movimentadas de Fortaleza. A passagem ainda contava com energia elétrica, ventilação, incluindo um ar condicionado. Estima-se que mais de 30 toneladas de terra foram retiraram e toda a façanha tenha custado 500 mil reais.
Com as escavações concluídas, o grupo encontrou um segundo obstáculo: como iriam atravessar a blindagem do cofre? Afinal, era um piso de um metro, feito de concreto e revisto em aço. Os criminosos, então, usaram maquita (usada para cortar cerâmica), máquina com discos de diamante (mas adaptadas para não fazerem barulho) e britadeiras.
Nenhum alarme tocou e não houveram registros das câmeras de segurança, que não gravavam, só filmavam. Os assaltantes tiveram 44 horas para fugir com todo o dinheiro.
Tiveram tempo de sobra para espalhar cal pela casa e sumir com as digitais. O tesouro foi transportado por vans que logo foram descartadas e os bandidos dividiram a grana e viajaram para diferentes regiões do país para despistar a polícia.
No dia 8 de agosto de 2005, as investigações policiais foram iniciadas. Logo de cara eles conseguiram capturar José Marleudo através de impressões digitais na residência, que ajudou a identificar parte dos envolvidos.
Pouco depois, os assaltantes cometeram outra falha: compraram dez carros de uma vez só, à vista com o dinheiro do roubo. O comprador José Charles Morais, era dono de uma montadora e foi preso em Minas Gerais com 6 milhões de reais.
Meses depois, agentes escondidos descobriram os chefes da quadrilha e prenderam 26 pessoas que estavam envolvidas no roubo. Mas, no fim, só foi recuperado 53 milhões do patrimônio roubado. A história ficou famosa no Brasil e no Mundo inteiro, e em 2011, foi feito um filme dirigido pelo diretor Marcos Paulo chamado Assalto ao Banco Central.
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