O líder indígena foi uma das mais famosas figuras da história dos EUA
O caciqueSeattle, ou Sealth, como muitas vezes é chamado, representou uma das lideranças mais importantes da história dos EUA.
Com 1,8 metro de altura, era considerado um homem belo e forte, além de ser um grande guerreiro indígena. Com o passar do tempo, o chefe das tribos Duwamish e Suquamish, tornou-se uma figura lendária.
Há ainda um famoso texto, muito difundido nos dias de hoje, cuja autoria costuma ser atribuída ao chefe: a carta do cacique Seattle ao presidenteFranklin Pierce, que é tida como um manifesto em defesa da natureza. Contudo, sua autenticidade é controversa, uma vez que há diversas versões documento.
Alguns historiadores afirmam que há evidências de que a carta como conhecemos hoje em dia foi escrita muito depois de 1855, período em que dizem ter sido elaborada.
Outros consideram que o verdadeiro discurso tratava-se apenas de um agradecimento ao presidente, que teria comprado terras dos indígenas.
Independente da real versão do documento, não há dúvidas de que o líder existiu. Nascido por volta de 1790 no local onde hoje fica o estado de Washington, ele exerceu um papel de destaque na história do país.
Gande personalidade
De acordo com o historiador David Buerge, em texto publicado no site da Humanities Washington, o final do século 18 foi um período extremamente sombrio para as populações indígenas que viviam nos EUA.
Isso porque, ao menos 50% dos nativos perderam suas vidas devido a inúmeras doenças levadas pelos brancos ao território, em especial a varíola.
Por ter crescido em meio a tamanha mortandade, Seattle logo se tornou um grande guerreiro que defendia seu povo das invasões dos euro-americanos.
Contudo, por volta dos seus 50 anos de idade, o cacique começou a mudar de ideia em relação aos brancos. Foi nesse período que ele passou a idealizar uma sociedade birracial, na qual brancos e indígenas poderiam viver em paz.
Terras nativas
Conforme repercutido pelo History EUA, logo no início da década 1950, um grande número de colonos se mudou para o território dos nativos para criar uma nova cidade. Pelo fato do líder ter sido tão amigável com os brancos, estes decidiram nomear o novo assentamento em sua homenagem.
Com o tempo, o chefe indígena passou a adotar costumes dos colonos, tendo até mesmo se tornado cristão, de modo que praticou a nova religião até sua morte, em 1866.
Contudo, muitos nativos eram contrários a essa aproximação, de modo que, no ano de 1855, um grupo atacou a vila dos colonos.
Seattle logo os convenceu de que a violência não era a melhor saída, já que, dessa maneira, os brancos se irritariam e acabariam por extinguir a população nativa.
De início, a sociedade birracial parecia ter futuro e houve casamentos entre brancos e nativos. Porém, segundo Buerge, não demorou muito para que os euro-americanos passassem a ver os nativos como "selvagens" e a levá-los para reservas distantes, de modo que o ideal de Seattle logo foi esquecido. Em contrapartida, seu nome é lembrado até os dias de hoje.
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