Atuando como mensageiro de retaguarda entre 1914 e 1918, o jovem Hitler não era tão valente quanto seu regime tentou mostrar
Com a ascensão do Nazismo, a figura de um jovem Hitler que recebeu condecorações por bravura durante a Primeira Guerra foi propagada por toda a Alemanha. Entretanto, não é isso o que transparece em documentos da época: entre 1914 e 1918, o futuro líder era apenas um cabo mensageiro que entregava recados aos oficiais do 1º Regimento de Infantaria da Bavária, sendo alvo de chacota pela pouca habilidade no uso de armas.
Segundo o historiador alemão Thomas Weber, autor de Hitler’s First War (A Primeira Guerra de Hitler, em tradução livre), o jovem Adolf Hitler era uma espécie de ajudante geral dos oficiais. Tendo acesso a diários, cartas e relatórios guardados no Arquivo de Guerra da Bavária, o pesquisador pôde atestar que a imagem de um cabo ousado e valente era pura propaganda nazista.
“A visão de um Hitler sempre exposto ao perigo, correndo entre trincheiras sob fogo cerrado para entregar mensagens aos oficiais em serviço no front, não resiste aos relatos contidos nesses documentos”, afirma o historiador. “O que encontrei revela que seu trabalho era feito longe da frente de batalha. Ele servia principalmente no Centro de Comando de seu regimento”.
Em um dos documentos analisados, está um texto do tenente do Regimento List, que descreve os soldados sob sua guarda com palavras específicas — no objetivo de orientar os oficiais para a escolha de soldados nas missões. Ao lado do nome Adolf Hitler, existia apenas uma palavra: “solitário”. Ele passava grande parte do tempo pintando ou escrevendo, e inclusive ajudava alguns companheiros a mandar cartas para a família.
Apesar de não ter sido um mensageiro heroico que atravessava campos inimigos, Hitler não esteve totalmente ausente dos sofrimentos de guerra: na Batalha do Somme, em outubro de 1916, o cabo seria ferido na perna. E também foi levado quase cego ao hospital, em 1918, após um ataque com armas químicas.
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