A peça histórica é usada há mais de um século em diferentes segmentos do país
Após mais de um século de uso, os carimbos pessoais, ou hanko, serão extintos nos bancos japoneses. Para um país tão tecnológico como o Japão, a ferramenta já não apresentava mais praticidade no cotidiano da população.
O hanko é um carimbo feito de madeira, sendo que é preciso pressioná-los para escrever no papel. São usados desde transações mais simples no Japão, como para sacar e transferir dinheiro em bancos, até ações mais complexas como comprar uma casa e até mesmo se casar. Entretanto, agora, as instituições financeiras permitirão que seus clientes façam uso de tablet ou smartphone.
Espera-se que com a implantação da medida, seja possível evitar a burocracia e papeladas de documentos em transações pequenas. Além de estimular as pessoas a se adaptarem às plataformas digitais.
O Mitsubishi UFJ Financial Group Inc., o maior banco do país, começou a oferecer contas que não exigem hanko e está reformulando sua rede de agências. Mas a norma só foi aceita após cerca de dois anos de luta para convencer 450 governos locais, conta o diretor da unidade bancária do grupo, Takayuki Ogura, para o portal Bloomberg.
O Hanko foi introduzido no Japão entre 1185 e 1333, durante o período Kamakura para uso dos senhores feudais e shoguns. Eles foram difundidos durante o período Edo, que ficou em vigor de 1603 a 1868.