Medida tomada após negociações em Istambul apresenta condições para o acordo
Após quase dois meses de tensões causadas por intervenções militares e ameaças, a Rússia enviou, na manhã desta quarta-feira, 20, uma nova proposta para o fim dos conflitos armados em território ucraniano.
Kiev formalmente fez suas exigências no final de março, quando se comprometeu a não aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), desde que tivesse acesso claro à União Europeia e garantias de segurança de potências internacionais.
A Ucrânia tinha entregado suas propostas nas negociações em Istambul. A parte russa as estudou e apresentou sua própria posição. Agora cabe a nós estudar, comparar e tirar conclusões, tanto políticas como legais", disse Mikhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que "a bola está agora no estádio de Kiev". No entanto, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, enfatizou que os negociadores ucranianos não são mais "confiáveis".
O tom da resposta de Moscou à Ucrânia não é claro, mas as negociações ainda não incluíram o destino da região leste de Donbass, onde estão localizados os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.
A Rússia reivindica soberania sobre todo o Donbass, o que abrirá caminho para sua futura anexação, como fez a Crimeia.
Contudo, a Ucrânia exige que sua integridade territorial seja preservada. O leste do território é o palco principal da guerra de hoje, com forças russas e separatistas atacando extensivamente para expandir o controle nas regiões de Donetsk e Luhansk.