Organização decide ampliar os esforços no Afeganistão contra insurgentes do Talibã
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) decidiu ampliar os esforços no Afeganistão contra insurgentes do Talibã e obteve o compromisso dos 26 países-membros para derrubar as barreiras que impedem o envio de mais reforços para a região do conflito. Em uma reunião de cúpula na Letônia, em novembro, a aliança militar ocidental traçou as metas para os próximos 10 a 15 anos, com base em um cenário político e militar global que prevê como principais dificuldades o terrorismo e a proliferação das armas de destruição em massa.
O recrudescimento da violência contra os soldados da Otan no Afeganistão foi um dos principais temas do encontro, que debateu também o aumento da morte de civis e militares no país asiático. O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, convenceu os aliados a diminuir as restrições que impediam uma maior participação de soldados nas áreas de conflito.
A operação no Afeganistão é a maior missão terrestre, fora da Europa, já realizada pela organização em sua história. Para isso, a Otan contará também com mais recursos financeiros e materiais para a reconstrução do país, segundo acordo firmado na reunião de cúpula. Scheffer afirmou que, a partir de agora, cerca de 26 mil dos 32 mil soldados da Otan que estão em solo afegão poderão ser acionados com maior agilidade. Em 2006, cerca de 4 mil pessoas foram mortas pela violência no Afeganistão. Estima-se que 25% dos mortos eram civis - o maior registro de vítimas desde a queda do regime do Talibã, em 2003.