Oficiais teriam confundido seu celular com uma arma e atirado contra o rapaz de 32 anos saía de uma escola para pessoas com necessidades especiais
Policiais israelenses executaram um homem palestino com autismo que caminhava desarmado em Jerusalém, no último sábado, 30. Identificado como Eyad Hallaq, o homem tinha 32 anos e foi alvejado por tiros a poucos metros de uma escola para pessoas com necessidades especiais, onde o mesmo recebia tratamento e trabalhava.
Segundo uma nota oficial da Polícia de Fronteira, dois policiais avistaram o rapaz com um objeto de formato suspeito, acreditando que se tratava de uma arma. Ao solicitar a averiguação do objeto, o homem teria entrado em pânico e tentado fugir. Desconhecendo a condição de Eyad, a dupla o perseguiu e efetuou os disparos.
Ao interceptar o objeto com o homem já caído, os policiais se certificaram que se tratava de um celular, pelo qual mantinha contato com os pais para orientações, e solicitaram uma ambulância para tentar reanimar o jovem, sem sucesso. O Departamento de Investigações Internas da Polícia investiga o episódio.
Os policiais envolvidos foram interrogados, com um dos envolvidos libertado sob condições restritivas e o outro em prisão domiciliar. Após protestos em redes sociais, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, lamentou o ocorrido no domingo, 31, em comunicado: “Pedimos desculpas pelo tiroteio e investigaremos o incidente”.