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Notícias / Paleontologia

Pesquisadores descobrem a presença de embrião de dinossauro de 80 milhões de anos

De acordo com especialistas, o embrião era um saurópode — marcado pela característica de seu pescoço longo

Penélope Coelho Publicado em 28/08/2020, às 16h45

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Crânio de embrião de dinossauro em imagem ampliada - Divulgação /  Martin Kundrat/ Evolutionary Biodiversity Research Group Pavol Jozef Šafárik University
Crânio de embrião de dinossauro em imagem ampliada - Divulgação / Martin Kundrat/ Evolutionary Biodiversity Research Group Pavol Jozef Šafárik University

Na última quinta-feira, 27, a revista Current Biology publicou um novo estudo revelando a descoberta de uma equipe internacional de pesquisadores, que encontraram um embrião de dinossauro preservado. De acordo com a publicação, o achado data de cerca de 80 milhões de anos. As informações são do portal de notícias G1.

O dinossauro em questão era um saurópode, famoso por seu pescoço cumprido e cabeça pequena, o animal foi um dos maiores dinossauros já existentes. De acordo com os pesquisadores, o que mais impressionou foi a constatação de que o embrião tem o crânio extremamente bem preservado quando visto em 3D.

Durante as análises os especialistas descobriram que os saurópodes possuíam uma espécie de ‘chifre’ no nariz — o que ajudava na quebra do ovo na hora de seu nascimento. Os animais também nasciam com visão estereoscópica — como a humana —, o que possibilitava os bichos a enxergarem com profundidade, porém, essa habilidade se perdia conforme o dinossauro crescia.

"Ovos de dinossauros agora são bastante comuns, mas encontrar embriões dentro deles é muito raro. Existem poucos registros disso", afirmou John Nudds, professor da Universidade de Manchester e um dos autores da pesquisa, em entrevista para o G1.

Curiosidades

Além da descoberta marcante, a história do achado do embrião também é impressionante, já que ele foi encontrado dentro de fragmentos de ovos que haviam sido roubados da Patagônia, na Argentina, seu local de origem.

O ovo foi ilegalmente levado da Argentina para os EUA, e por sorte, acabou sendo comprado por um dos autores do estudo, um preparador de fóssil. Se isso não tivesse acontecido, provavelmente a descoberta do embrião não teria sido realizada.

Sabe-se que em fevereiro deste ano, os especialistas conseguiram fazer a devolução do fóssil para solo argentino e agora ele se encontra em exibição no museu especializado em dinossauros, Carmen Funes, na Patagônia.