Após encontrar os fósseis em Presidente Prudente, o pesquisador Willian Nava conseguiu identificar a subordem dos animais
Em 27 de dezembro, o site da Aventuras na História divulgou a inusitada descoberta de ovos de dinossauro em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Agora, segundo o UOL, o paleontólogo Willian Nava conseguiu identificar a subordem dos animais.
Diante da impressionante descoberta, o especialista afirmou que os ovos teriam sido postos por um dinossauro terópode carnívoro que viveu na região há cerca de 65 milhões de anos. Para identificá-los, as imagens dos ovos foram comparadas com fósseis parecidos encontrados em países como Argentina, Mongólia e China.
Nesse sentido, os especialistas explicaram que os dinossauros terópodes eram uma subordem bípede de dissossauros que apoiavam seu corpo sobre os membros traseiros. Por isso, inclusive, tais membros eram bem mais desenvolvidos que os dianteiros.
Identificados no mesmo local em que uma ninhada de ovos de crocodilos foi encontrada em junho de 2021, os cinco ovos classificados por Nava foram rapidamente distinguidos dos da outra espécie. Isso porque, segundo o paleontólogo, os ovos de dinossauro são maiores que os de crocodilo e têm uma textura distinta em sua casca.
Uma vez descobertos, então, os cinco ovos foram enviados para o museu de Marília, onde devem continuar sendo analisados por Nava e outros pesquisadores. Nesse sentido, os estudos seguem em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) — e, ainda segundo o UOL, devem validar a identificação da espécie que colocou os ovos.
A partir do momento em que nos debruçarmos sobre esse material, esperamos obter informações importantes para entender aquele período muito remoto. Não será surpresa se dermos com um embrião também", narrou Nava, em referência ao achado de um embrião fossilizado na China.
Por fim, o especialista explica que a raridade do achado o torna ainda mais especial, já que os ovos encontrados “nos ajudam a entender a transição dos dinossauros aviários para os terrestres". A descoberta também enaltece a relevância do sítio paleontológico de Presidente Prudente para a identificação de antigas espécies que viveram por lá.