Alguns do ovos eclodiram, revelando filhotes do mesmo grupo que os tucanos, mas sua verdadeira espécie ainda não foi identificada
Na sexta-feira, 13 de outubro, agentes da Polícia Federal (PF) encontraram ovos de pássaros, no sutiã de uma passageira, durante uma fiscalização de rotina no aeroporto de Foz do Iguaçu, oeste do Paraná. Desde então, cinco aves nasceram.
Segundo a PF, a mulher argentina, de 30 anos, teria alegado que os ovos eram de codorna e seriam destinados a sua alimentação. A passageira também afirmou que os levaria até Assunção, capital do Paraguai.
Após a apreensão dos ovos, os mesmos foram encaminhados ao Parque das Aves, uma instituição voltada para a conservação das aves da Mata Atlântica. Em suas redes sociais, o santuário divulgou que alguns dos ovos eclodiram, revelando filhotes do mesmo grupo que os tucanos, mas sua verdadeira espécie ainda não foi identificada.
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Conforme repercutido pelo G1, a diretora técnica do parque, Paloma Bosso, esclareceu que os ovos foram mantidos em uma encubadora e eclodiram gradualmente.
Inicialmente, não foi possível nossa equipe confirmar a identificação da espécie de ave responsável pela postura dos ovos, nem mesmo determinar se se tratavam de ovos de uma mesma espécie. Após os procedimentos primários de higienização e exames de ovoscopia e avaliação de batimento cardíaco embrionário, os ovos seguiram para uma incubadora para manter níveis controlados de temperatura e umidade", afirmou Bosso.
A diretora técnica também apontou que o primeiro ovo eclodiu na última quarta-feira, 18. Na quinta-feira, 19, outros três vieram ao mundo e nesta sexta-feira, 20, um quinto filhote nasceu.
Foi identificado como um animal do grupo dos ranfastídeos, ordem na qual são encontrados aves como os tucanos e os araçaris. [...] Até o momento já são 5 filhotes de ranfastídeos e temos outros 2 ovos sendo incubados", explicou Paloma.
Segundo a PF, a argentina foi interrogada e, eventualmente, liberada, pois, naquele momento não foi possível identificar a espécie das aves. Uma vez apreendidos, os ovos foram encaminhados para a avaliação de uma equipe especializada, visando identificar sua origem.
As autoridades também reafirmaram que o ato de transportar ovos sem a devida autorização pode constituir um crime de tráfico de animais silvestres, sujeito a penalidades de igual gravidade àquelas aplicadas a indivíduos que matam, perseguem, caçam, capturam, utilizam ou comercializam espécimes da fauna.