A apreensão, descrita como “histórica”, registrou mais de 230 livros com propaganda nazista
Nesta quarta-feira, 13, a polícia argentina invadiu e interditou uma editora que vendia livros nazistas e antissemitas na internet. A apreensão foi descrita como “histórica” pelas autoridades, que encontraram mais de 230 livros no local.
Antes de fechar a editora, localizada no bairro de San Isidro, em Buenos Aires, uma investigação estava em andamento nos últimos dois anos. As obras continham imagens de suásticas e o logo do grupo paramilitar Schutzstaffel (SS), ferramenta importante na implementação do terror nazista e das ideologias de Adolf Hitler.
Ainda estamos surpresos com a quantidade de material. É algo histórico. É uma verdadeira editora de difusão e venda de simbologia, livros e doutrinação nazista", explicou Juan Carlos Hernandez, chefe da Polícia Federal argentina.
Conforme repercutido pelo portal da DW Brasil, Hernandez também afirmou que os livros eram elaborados por um “material de alta qualidade” e possuíam “um alto nível de compras e consultas”.
Não descartamos que seja a ponta de um iceberg. Por enquanto, cortamos as linhas de distribuição, mas a lei também pune quem consome [esse material].”, concluiu o policial argentino.
Lembrando que a mera exibição de símbolos de cunho nazista é punível por lei, pois “justifica, reivindica e até venera as atrocidades cometidas pelo regime nazista contra a comunidade judaica”, como explicou Hernandez.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, muitos nazistas se deslocaram para a Argentina e foram acolhidos pelo então presidente Juan Perón. Entre os criminosos que receberam a benção do líder argentino estava Adolf Eichmann, um dos principais idealistas do Holocausto, que foi capturado mais de dez anos depois, em Buenos Aires.