Casos foram registrado no estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos
Recentemente, o estado americano de Nova Jersey ganhou os noticiários locais por uma situação médica um tanto quanto incomum, afinal, descobriu-se que 94 pessoas que frequentaram o mesmo centro de ensino desenvolveram um raro tumor cerebral.
O primeiro caso, até então, da doença foi identificado no final dos anos 1990, quando o cientista ambiental Al Lupiano, então com 27 anos, recebeu tal diagnóstico. Mas, a história começou a ganhar uma proporção maior no ano passado, quando a esposa e irmã de Lupiano, que estudaram na mesma escola que ele, a Colonia High School, também desenvolveram tumores no cérebro.
A irmã do cientista ambiental acabou falecendo em fevereiro deste ano, aos 44 anos, e, desde então, Al passou a questionar o que levou os três a terem tal condição. Em busca de respostas, ele criou um grupo no Facebook para encontrar ex-alunos da instituição com o mesmo quadro clínico.
Comecei a fazer algumas pesquisas e os três se tornaram cinco, os cinco se tornaram sete, os sete se tornaram 15”, disse em entrevista ao New York Post.
Com o passar do tempo, Lupiano reuniu 94 ex-alunos e funcionários que também foram diagnosticados com o mesmo tipo de tumor cerebral. Embora ainda não se saiba o que levou o grupo a desenvolver tal doença, existe a possibilidade de que o episódio tenha relação com questões ambientais como, por exemplo, a radiação ionizante.
“Não é água contaminada. Não é ar. Não é algo no solo”, afirmou o cientista.
Agora, órgãos ambientais estão estudando o que pode ter causado tal cenário, o que seria fundamental para entender o que afetou o grupo e como isso impactou o ambiente daquela região.
O tumor diagnosticado no grupo é chamado de glioblastoma, que é registrado apenas em 3,21 pessoas em um grupo de 100.000, conforme aponta a Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos.
Atingindo o Sistema Nervoso Central, esse tipo de tumor maligno primário pode afetar não só o cérebro como também a medula espinhal, sendo considerado altamente invasivo — sendo responsável pela maioria das mortes entre os pacientes com tumores cerebrais primários.