Caso chamou atenção pois ela foi submetida a um procedimento que arqueólogos nunca tinham visto antes
Um estudo publicado na revista científica International Journal of Osteoarchaeology no início deste ano de 2023, revela a análise de um crânio de 1.300 anos que teria sido submetido a intervenções cirúrgicas de pelo menos dois tipos diferentes.
Os restos mortais examinados foram encontrados no Castel Trosino, um assentamento localizado na Itália que remonta ao período medieval, e pertencem a uma mulher de meia-idade.
Com o auxílio de diversas técnicas, incluindo a tomografia computadorizada, os pesquisadores encontraram vestígios de mais de uma cirurgia craniana. A 'paciente' teria passado por "trepanações" (nome dado ao ato de perfuração do crânio) e ainda um procedimento inédito que deixou uma marca em forma de cruz em seu osso.
Esse último, vale mencionar, que teria sido realizado pouco antes da morte da mulher, é particularmente importante por constituir o primeiro exemplo já identificado de uma cruz esculpida no crânio de um indivíduo.
Descobrimos que a mulher havia sobrevivido a várias cirurgias,tendo sido submetida a terapia cirúrgica de longo prazo, que consistia em uma série de perfurações sucessivas", explicou Ileana Micarelli, a principal autora do estudo, segundo repercutido pela Arkeonews.
A descoberta dá abertura para outros questionamentos dignos de pesquisas futuras, como a especulação a respeito dos significados que os medievos teriam atribuído a essa intervenção de cruz.