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Notícias / Israel

Menino que quebrou jarro de 3,5 mil anos em Israel retorna ao museu

Uma semana após quebrar um jarro de argila da Idade do Bronze no Museu Hecht em Haifa, Israel, menino de 4 anos retorna ao local

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 31/08/2024, às 14h00

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Jarro quebrado acidentalmente e garoto que o quebrou ao retornar ao museu - Divulgação/Museu Hetch / Reprodução/Facebook/Museu Hetch
Jarro quebrado acidentalmente e garoto que o quebrou ao retornar ao museu - Divulgação/Museu Hetch / Reprodução/Facebook/Museu Hetch

Na última semana, chamou grande atenção em todo o mundo um acidente infeliz registrado no Museu Hecht, na cidade de Haifa, em Israel: um menino de apenas 4 anos quebrou acidentalmente um jarro de argila de 3,5 mil anos, considerado raro por permanecer intacto desde a Idade do Bronze.

Claro que após um incidente infeliz como esse, o garoto e seus familiares esperavam, no mínimo, um banimento permanente do museu. No entanto, nesta sexta-feira, 30, o garoto e sua família foram recebidos de volta no Museu Hecht, levando consigo um vaso de argila que o próprio menino fez, e sendo recebido por funcionários e curadores nada enfurecidos.

O pai do menino, Alex, disse que Ariel, o mais novo de seus três filhos, estava excepcionalmente curioso com a visita, e logo que ouviu o barulho do acidente pensou "por favor, que não seja meu filho". Infelizmente, era sim.

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Vaso quebrado acidentalmente por criança / Crédito: Divulgação/Museu Hetch

Restauração

O garoto, de apenas quatro anos, chegou perto demais do raro vaso de 3,5 mil anos, derrubando-o no chão. Ele estava exposto no Museu Hecht há 35 anos, e era um dos únicos recipientes daquele tamanho e daquele período encontrado ainda completo, tendo servido, no passado, para armazenas vinho ou óleo, entre 2.200 a.C. e 1.500 a.C..

O vaso em questão era um dos vários artefatos do museu deixados expostos ao ar livre, visto que o local considera importante que os visitantes toquem peças históricas, sem barreiras de vidro, segundo Inbar Rivlin, diretora do museu. Além disso, ela garantiu que a restauração da peça seria uma excelente oportunidade para garantir que a família, que interrompeu sua visita após o incidente, se sentir bem-vindos a retornar.

No dia do incidente em especial, havia muitas crianças no museu. Alex foi até os seguranças explicando o que tinha acontecido, pelo menos esperando que se tratasse de um modelo, e não um artefato de verdade. "Mas eles ligaram e disseram que estava segurado e, depois de verificarem as câmeras e verem que não era vandalismo, nos convidaram para uma nova visita", acrescentou o pai.

Agora, especialistas estão analisando o jarro com técnicas de 3D e vídeos de alta resolução, para que possam restaurá-lo; a expectativa é que volte a ser exibido já na próxima semana. Especialista em restauração do museu, Roee Shafir ainda tranquiliza: informa que os reparos seriam bem simples, pois as peças eram todas de um jarro completo.

Por fim, Shafir ainda acrescenta que é importante, de fato, que os artefatos sejam acessíveis ao público, mesmo que ocorram acidentes, pois esse contato pode inspirar maior interesse em história e arqueologia. "Gosto que as pessoas se toquem. Não quebrem, mas tocar nas coisas, é importante", concluiu, conforme repercute o The Guardian.