Paul Braithwaite morava na Inglaterra e teve seu crescimento atrofiado pelas medicações
O jovem inglês conhecido como “menino mais alérgico do mundo” morreu na terça-feira, 5, aos 20 anos em Manchester, na Inglaterra. Paul Braithwaite foi diagnosticado com "gastroenteropatia eosinofílica" ainda quando bebê.
A doença rara — cujo último caso havia sido registrado somente em 1906 — causa dores abdominais em decorrência de infiltração de eosinófilos, que são células de defesa do sangue, no trato gastrointestional e geram uma série de alergias.
Para tratar a doença, Braithwaite tinha que tomar vários medicamentos que fizeram com que seu crescimento fosse atrofiado, por isso, ele ainda vestia roupas para crianças entre 10 e 11 anos, mesmo tendo 20.
Segundo reportou o jornal O Globo, o menino possuía inúmeras restrições devido à condição de saúde. Caso tivesse contato com a luz do sol, grama, animais, poeira e alguns tipos de tecidos, por exemplo, Paul vomitava e tinha erupções cutâneas.
Em entrevista ao tabloide britânico The Sun, os pais do garoto contaram como ele queria apenas ter uma vida “normal” em que pudesse ter um cachorro, dirigir, e até mesmo dar uma volta no quarteirão de sua casa sem o sofrimento causado pela doença.
“Ele só queria viver uma vida normal: queria ter um cachorro, queria aprender a dirigir e dar a volta no quarteirão. Ele tinha um conjunto de necessidades muito complexas e lutava a cada passo. Esteve em ambulâncias aéreas, reanimação e terapia intensivas e nada o derrubou”, disse Kelly, mãe de Paul.
Ela ainda relatou que o filho "tinha vergonha de sua aparência e de quão pequeno ele era. Mas a coragem dele era inigualável. Ele não pediu para nascer assim, fez tudo o que pude por ele".
O pai do menino, Darren Braithwaite, também falou ao jornal: “Ele era muito solitário, mas era feliz assim. A vida é muito curta. Tudo o que ele sempre quis foi ser normal”.
O funeral de Paul acontecerá no dia 18 de julho.