Lula fez declarações durante a 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima
Nesta segunda-feira, 13, o presidenteLula (PT) declarou, durante participação na 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, realizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, que pretende acelerar as demarcações e retirar definitivamente os garimpeiros da Terra IndígenaYanomami. Outros ministros, como Nísia Trindade (Saúde) e José Múcio Monteiro (Defesa) também participaram do evento, que reúne aproximadamente nove etnias.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Lula considerou que os yanomamis "foram massacrados pelos garimpeiros" e reiterou acerca da crise humanitária na área. Em outro momento, o presidente fez um pedido direcionado às lideranças indígenas que integram sua equipe de governo, sendo Joenia Wapichana, presidente da Funai, e Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, para que elas acelerem as políticas de demarcação de novas terras.
Tenho pedido tanto para a Funai quanto para o ministério [dos Povos Indígenas] para apresentar todas as terras a serem demarcadas. Precisamos demarcar logo, antes que as pessoas se apoderem delas, inventem documentos falsos".
Lula acrescentou:
Vamos resolver o problema daquele povo [yanomamis]. A partir do aeroporto [da pista de pouso, que não está conservad0] da região de Surucucu, vamos visitar todas as aldeias. Indígenas foram massacrados pelos garimpeiros. Nós vamos tirar definitivamente os garimpeiros das terras indígenas".
Ainda conforme noticiado pela Folha, no dia 20 de janeiro, a atual gestão governamental declarou estado de emergência em saúde pública na terra yanomami, uma vez que a desassistência no decorrer do governo do ex-presidenteJair Bolsonaro refletiu no aumento de casos de malária, desnutrição grave e infecções respiratórias.
Assim, Lula promoveu a "Operação Libertação", que visa desmobilizar as atividades de garimpo ilegal e levar assistência para os povos.