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Notícias / Bebê Rena

Juiz nega descarte de processo de difamação de mulher retratada em "Bebê Rena"

Fiona Harvey pode dar andamento ao processo após solicitação de representantes da Netflix à Justiça; ela teria inspirado a personagem Martha Scott

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/10/2024, às 20h29

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Fiona Harvey - Reprodução
Fiona Harvey - Reprodução

A produção da Netflix "Bebê Rena" (2024), idealizada e protagonizada por Richard Gadd, deixa claro já em seu primeiro episódio que os acontecimentos narrados são baseados em fatos reais, o que contribuiu em parte para a grande repercussão da série.

Em "Bebê Rena", Gadd interpreta ele mesmo em uma versão ficcionalizada, no período em que trabalhou como comediante e bar tender em Londres.

Donny Dunn, seu alter-ego, conhece Martha Scott em uma emergência e a mulher passa a ter uma profunda obsessão por ele depois que é socorrida. No decorrer da série, Dunn sofre assédios, perseguições e chantagens por parte de Martha.

Donny Dunn e Martha Scott em Bebê Rena - Divulgação: Netflix

Não demorou muito para que protestos sobre o conteúdo de "Bebê Rena" viessem à tona. Já em abril desse ano, no mês de lançamento da série, uma mulher chamada Fiona Harveyprocessou a Netflix por difamação, alegando ser a inspiração por trás da stalker.

O streaming solicitou ao juiz responsável pelo caso a anulação do processo, depois de uma tentativa falha de impedir seu andamento. A Justiça da Califórnia constatou desvios entre a realidade e a ficção. A Netflix alega que Harvey teria cometido assédio sexual contra Gadd no passado.

"Há grandes diferenças entre tocar de forma inadequada e assédio sexual, assim como entre empurrar e tentar furar os olhos de alguém", apurou o juiz Gary Klausner, que decidiu dar continuidade ao processo na última sexta, 27.

+ Bebê Rena: Juiz americano determina que série não é "história real"

Klausner conclui: "Ainda que as declarações tenham sido feitas em uma série que tem amplamente os traços de uma comédia sarcástica, o primeiro episódio afirma inequivocamente que se trata de 'uma história real', convidando, assim, o público a aceitar as declarações como fatos".