Descoberto em 2023, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–Atlas) pode ser visto a olho nu e oferece um show único para observadores de estrelas
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Publicado em 01/10/2024, às 18h55
Um visitante celestial de tempos imemoriais está de volta para encantar a humanidade. O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–Atlas), que orbita o Sol a cada 80.000 anos, está visível no céu e pode ser observado a olho nu em condições ideais.
Descoberto no início de 2023, sua última passagem pela Terra data da época dos neandertais. Sua origem, segundo o Dr. Gregory Brown, oficial sênior de astronomia pública do Observatório Real de Greenwich, é a nuvem de Oort, uma região distante do Sistema Solar repleta de objetos gelados.
"A questão sobre os cometas é que quanto mais próximos eles estão de nós, da Terra, mais brilhantes eles são, mas também quanto mais próximos eles estão do sol, mais brilhantes eles são. Então, a aproximação mais próxima não será necessariamente o momento mais brilhante", explicou Brown ao 'The Guardian'.
O cometa provavelmente aparecerá como uma mancha no céu, mas sua cauda pode ser mais visível com o auxílio de binóculos ou um pequeno telescópio.
O pico de brilho do cometa é esperado para cerca de 9 de outubro, mas sua maior aproximação da Terra ocorrerá em 13 de outubro. Nesses períodos, o cometa se posicionará quase diretamente entre a Terra e o Sol, dificultando sua visualização. Por isso, os astrônomos recomendam observar o céu alguns dias antes e depois dessas datas.
"Cometas visíveis a olho nu já são raros o suficiente, e este tem o potencial de estar entre os mais brilhantes que vimos nas últimas décadas. Então certamente vale a pena tentar", completou Brown.
Se você quiser ver o cometa, deverá olhar até o dia 13 de outubro para o leste no início da manhã, antes do nascer do sol, em direção à constelação de Sextante. Já a partir do dia 13, olhe para o oeste no final da noite, após o pôr do sol, em direção à constelação de Boötes.
