Cientistas da Universidade de Washington identificaram, nos fósseis de um antigo vertebrado, indícios de um estado de torpor
Publicado na revista Communications Biology, um novo estudo revelou a mais antiga evidência de hibernação em um animal vertebrado. Habitante da Antártica, a criatura do gênero Lystrosaurus viveu há cerca de 250 milhões, durante o Triássico Inferior.
Foi a partir dos fósseis do animal que os cientistas da Universidade de Washington conseguiram identificar um comportamento semelhante à hibernação. Os resultados, segundo o site Phys, indicam que o torpor — estado no qual os animais reduzem sua taxa metabólica — são anteriores às evoluções dos mamíferos e dos dinossauros.
Com um porte robusto, as Lystrosaurus sobreviveram ao final do Período Permiano, que exterminou cerca de 70% dos vertebrados da Terra. Vivas ainda no período Triássico, cerca de 5 milhões de anos mais tarde, elas se espalharam pela antiga Pangeia.
Hoje, fósseis desse animal podem ser encontrados na Índia, China, Rússia e em partes da África. Donas de apenas duas presas, as Lystrosaurus chegavam ao tamanho de um porco e podem ter passado por um torpor semelhante, mas não idêntico à hibernação.