A baleia-franca-do-atlântico-norte deu à luz nas águas próximas da Ilha de Cumberland e foi avistada junto ao filhote na última quinta-feira, 2
Uma baleia-franca-do-atlântico-norte, da espécie Eubalaena glacialis, surpreendentemente conseguiu dar luz ao seu filhote mesmo estando presa a uma rede de pesca nas águas próximas à Ilha de Cumberland, no sudeste dos Estados Unidos.
Especialistas da Divisão de Recursos da Vida Selvagem da Geórgia (DNR) informaram que a cria parece estar saudável após observar os dois na última quinta-feira, 2, na costa da Geórgia. O filhote estava nadando perto da corda em que a mãe estava presa.
“Com base no período de emaranhamento da mãe e avaliações gerais de saúde, acreditamos que o emaranhamento não representa uma ameaça imediata à vida, mas nós e outros parceiros que trabalham para conservar as baleia-francas monitoraremos a situação”, escreveu a DNR em sua página do Facebook.
A baleia está presa na corda desde março, quando foi avistada na Baía de Cape Cod, costa do estado de Massachusetts. Experts em vida animal tentaram solta-la das amarras, mas conseguiram apenas encurtar a corda, antes que a fêmea fosse para o sul.
Eles tinham receio de que mais tentativas poderiam causar grande risco para a baleia e o filhote, assim como para a tripulação do barco de resgate, e decidiram não encurtar mais nem remover a rede de pesca, como informou a agência AP.
O fato de a baleia ter sobrevivido para dar à luz ao filhote é considerado incrível pelo biólogo de vida selvagem do Departamento de Recursos Naturais da Geórgia, Clay George. Mas ele se preocupa com as dificuldades que ela irá enfrentar para amamentar a cria.
O especialista também ressalta que o animal pode apresentar ferimentos na boca. Segundo ele, ainda há “dois pedaços de corda, de cerca de 6 metros, saindo do lado esquerdo de sua boca". "Se esses dois pedaços de corda acabarem se enrolando e houver um nó, você poderia imaginar que aquele filhote pode ficar emaranhado”, explicou.
Como ressalta a revista Galileu, a espécie Eubalaena está ameaçada de extinção e, atualmente, existem menos de 350 desses animais nas águas do mundo, o que acentua a gravidade da situação.