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Notícias / Lobo mumificado

Em imagens: Lobo preservado de 44 mil anos passa por necrópsia

Enterrado durante mais de 44 mil anos, antigo animal ainda contém restos de alimento preservados em seu estômago; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 26/06/2024, às 11h30 - Atualizado às 11h35

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Antigo lobo mumificado descoberto na Sibéria - Divulgação/Universidade Federal do Nordeste
Antigo lobo mumificado descoberto na Sibéria - Divulgação/Universidade Federal do Nordeste

Em 2021, pesquisadores descobriram, enterrado no permafrost — camada do subsolo permanentemente congelada — da Sibéria, um lobo preservado. O que mais surpreende na descoberta, porém, é a idade do animal: embora bem preservado, esteve enterrado durante mais de 44 mil anos, sendo o primeiro lobo adulto completo do final do Pleistoceno já encontrado.

Recentemente, cientistas da Universidade Federal do Nordeste em Yakutsk, na Rússia, realizaram uma necrópsia do lobo, e descobriram ainda mais detalhes sobre o animal e sobre a vida na região durante a última era glacial.

Isso porque, além do lobo em si, também foram bem preservados os órgãos internos e o trato gastrointestinal, permitindo detectar vírus e outros microorganismos antigos.

"Seu estômago foi preservado de forma isolada, não há contaminantes, então a tarefa não é trivial", afirma em comunicado o chefe do departamento de estudo da fauna de mamutes da Academia de Ciências de Yakutia, também na Rússia, Albert Protopopov.

O pesquisador acrescenta ainda que o lobo, conforme descobriram as análises, era um macho, e no passado foi um "predador grande e ativo".

Lobo descoberto na Sibéria / Crédito: Divulgação/Universidade Federal do Nordeste
Lobo descoberto na Sibéria / Crédito: Divulgação/Universidade Federal do Nordeste
Necrópsia do lobo de 44 mil anos descoberto na Sibéria / Crédito: Divulgação/Universidade Federal do Nordeste
Lobo descoberto na Sibéria / Crédito: Divulgação/Universidade Federal do Nordeste
Necrópsia do lobo de 44 mil anos descoberto na Sibéria / Crédito: Divulgação/Universidade Federal do Nordeste
Órgãos internos preservados do lobo / Crédito: Divulgação/Universidade Federal do Nordeste

Importância do estudo

Com a necrópsia completa do animal, os cientistas esperam identificar possíveis vírus e outros microrganismos antigos e praticamente extintos. "Vemos que nas descobertas de animais fósseis, bactérias vivas podem sobreviver por milhares de anos, o que é uma espécie de testemunha daqueles tempos antigos", informa Artemy Goncharov, especialista em vírus antigos da North-Western State Medical University, da Rússia, no comunicado.

É possível que sejam descobertos microrganismos que possam ser utilizados na medicina e na biotecnologia como produtores promissores de substâncias biologicamente ativas", acrescenta, sobre a importância de se avançar no estudo.