Descoberta feita em 2015 veio à luz quatro anos mais tarde graças à considerável presença de RNA encontrada no fóssil
Cientistas encontraram um pequeno filhote de lobo congelado nas proximidades da cidade de Tumat, na Rússia. O fóssil data de 14300 anos atrás e era provavelmente um animal de estimação.
O canídeo descoberto em 2015 recebeu atenção (e importância) agora principalmente devido à presença de ácido ribonucleico (RNA) nos tecidos e células do animal.
O RNA é bem parecido com o DNA e os dois atuam em conjunto, com o primeiro sendo responsável pela transcrição e tradução de proteínas. O problema é que ele é mais vulnerável às enzimas e, portanto, mais difícil de ser encontrado.
O fóssil, porém, estava muito bem preservado, inclusive com boa parte da arcada dentária. Boas quantidades de RNA se mostraram presentes nele e, a partir daí, os cientistas conseguem distinguir entre os diferentes tecidos e analisar quais genes estavam ativos ou não (o DNA mostra, apenas, que esses genes existem).
Através desses estudos, os pesquisadores especulam que o pequeno espécime era um híbrido de lobo e cão, o que sugere interferência humana e, por isso, são razoavéis as chances de que ele era um animal doméstico. Segundo eles, esse estudo ajuda a entender mais, também, sobre a evolução dos bichos e a maneira como ela ocorre.